Imparcialidade, objetividade e neutralidade, são características que há algum tempo vêm se perdendo no perfil do jornalista moderno. Esses critérios, que sugeriam credibilidade, hoje, são princípios quase irreais, que acabam dando espaço a novos recursos. Como o sensacionalismo, que trata o fato com dramatização e espetacularização, transformando a notícia em uma mercadoria a ser vendida. Essa talvez seja a mais antiga ferramenta usada para aumentar as vendas de produtos de comunicação, e implica em uma opção editorial. As manchetes sensacionalistas têm o objetivo de chamar a atenção do leitor para um conteúdo que, na maioria das vezes, são fatos interpretados e não expressam, com a pureza necessária, a sua verdadeira natureza.
Há três anos e meio no cargo, o editor de economia do jornal Correio Braziliense Raul Pilati, busca neutralidade e imparcialidade no dia-a-dia de sua profissão. Raul garante que um verdadeiro jornalista respeita a informação tanto na apuração quanto na publicação do jornal. “Sensacionalismo é uma apelação do jornalismo para atrair os consumidores de informação. Há diversas gradações de sensacionalismo, desde o destaque de algum aspecto até a distorção da informação. Não é defensível a desinformação, mas os veículos usam, em maior ou menor grau, deste recurso. A reação dos consumidores dá a medida do limite.” O Jornalista destaca que uma informação correta pode ser propositalmente distorcida pela visão editorial ou ter várias interpretações de uma mesma notícia. Mas garante: “não é possível esperar absoluta neutralidade e imparcialidade porque todos os jornalistas têm crenças, convicções, concepções, formações e deformações que turvam sua objetividade e o resultado de seu trabalho”. Qualquer estudante de jornalismo é orientado a checar e respeitar a informação, buscar ouvir muitas fontes, investigar e, principalmente, ser ético. Priscilla Andrade, estudante do 2º semestre de Jornalismo da Universidade Católica de Brasília, acredita que dificilmente escreveria uma matéria sem deixar transparecer sua opinião. A linha de raciocínio da estudante fica clara quando ela afirma: “O sensacionalismo é necessário. Não vejo nenhuma outra forma de prender a atenção do leitor.” Já Luanna Ramos cursa o último semestre de jornalismo, e não mede palavras ao afirmar que o sensacionalismo é uma forma de deformar a realidade. De acordo com a estudante, esse é um artifício utilizado propositalmente, pois é possível fazer um jornalismo sem a utilização deste recurso. Quando questionada sobre como os jornalistas fariam para não perder a credibilidade junto ao público, diz “Primeiro, falar a verdade, independente do recorte que resolva destacar dessa realidade. Sendo verdadeiro, já é primeiro passo.” Luanna se forma em Julho desse ano e ressalta que tentará usar a neutralidade e imparcialidade em sua profissão.
Fica cada vez mais clara a nova visão que os jornalistas têm sobre antigos valores. A imparcialidade e objetividade são questões que ficaram como objetivos que, na maioria dos casos, não são alcançados. Maria Luiza Brochado é jornalista da EMBRAPA, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, há 11 anos. Ela apenas reafirma o que já foi dito por outros entrevistados. Ela diz tentar trabalhar com neutralidade. “Estou sempre buscando aplicar a imparcialidade, mas em certos momentos esta não é a melhor alternativa. Somos formadores de opinião e podemos usar isso para a melhoria de muita coisa na sociedade.” diz Maria Luiza.
O Balanço Geral, um telejornal popular exibido na hora do almoço na Rede Record com a apresentação de Henrique Chaves, aposta em reportagens de comportamento e curiosidades. O programa ganhou a simpatia de grande parte da população, apesar de ser bastante criticado pelo excesso de sensacionalismo. Henrique, aos berros, apresenta as notícias do dia. Ele anda, de um lado para o outro, no cenário bem simples. O que para uns é interpretado como sensacionalismo para outros é somente a representação de uma realidade. Essa é a opinião da costureira Terezinha de Jesus de 68 anos, que garante que o programa ajuda a resolver os problemas dos mais necessitados. “Quando eu vejo o Henrique falando do problema, eu sei que ele vai resolver!” O programa, exibido de segunda a sábado, expõem o drama das pessoas e abusa dos sentimentos alheios.
“Temos que ter discernimento para nos tornar isentos e deixar que as conclusões sejam do telespectador e não nossas.” Diz Juliana Texeira, que está prestes a completar três anos na TV Tambaú de João Pessoa. A jornalista observa que quanto mais cruel a notícia maior o destaque. Mas a população não pode deixar que o sensacionalismo faça parte de seu cotidiano.
De alguma maneira, sempre nos basearemos em nossos valores para a produção de um texto. O que não se pode fazer é passar para o público apenas um lado da história, o impedindo de tirar suas próprias conclusões. Com honestidade, responsabilidade e compromisso social, devemos levar a informação correta ao público.
Há três anos e meio no cargo, o editor de economia do jornal Correio Braziliense Raul Pilati, busca neutralidade e imparcialidade no dia-a-dia de sua profissão. Raul garante que um verdadeiro jornalista respeita a informação tanto na apuração quanto na publicação do jornal. “Sensacionalismo é uma apelação do jornalismo para atrair os consumidores de informação. Há diversas gradações de sensacionalismo, desde o destaque de algum aspecto até a distorção da informação. Não é defensível a desinformação, mas os veículos usam, em maior ou menor grau, deste recurso. A reação dos consumidores dá a medida do limite.” O Jornalista destaca que uma informação correta pode ser propositalmente distorcida pela visão editorial ou ter várias interpretações de uma mesma notícia. Mas garante: “não é possível esperar absoluta neutralidade e imparcialidade porque todos os jornalistas têm crenças, convicções, concepções, formações e deformações que turvam sua objetividade e o resultado de seu trabalho”. Qualquer estudante de jornalismo é orientado a checar e respeitar a informação, buscar ouvir muitas fontes, investigar e, principalmente, ser ético. Priscilla Andrade, estudante do 2º semestre de Jornalismo da Universidade Católica de Brasília, acredita que dificilmente escreveria uma matéria sem deixar transparecer sua opinião. A linha de raciocínio da estudante fica clara quando ela afirma: “O sensacionalismo é necessário. Não vejo nenhuma outra forma de prender a atenção do leitor.” Já Luanna Ramos cursa o último semestre de jornalismo, e não mede palavras ao afirmar que o sensacionalismo é uma forma de deformar a realidade. De acordo com a estudante, esse é um artifício utilizado propositalmente, pois é possível fazer um jornalismo sem a utilização deste recurso. Quando questionada sobre como os jornalistas fariam para não perder a credibilidade junto ao público, diz “Primeiro, falar a verdade, independente do recorte que resolva destacar dessa realidade. Sendo verdadeiro, já é primeiro passo.” Luanna se forma em Julho desse ano e ressalta que tentará usar a neutralidade e imparcialidade em sua profissão.
Fica cada vez mais clara a nova visão que os jornalistas têm sobre antigos valores. A imparcialidade e objetividade são questões que ficaram como objetivos que, na maioria dos casos, não são alcançados. Maria Luiza Brochado é jornalista da EMBRAPA, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, há 11 anos. Ela apenas reafirma o que já foi dito por outros entrevistados. Ela diz tentar trabalhar com neutralidade. “Estou sempre buscando aplicar a imparcialidade, mas em certos momentos esta não é a melhor alternativa. Somos formadores de opinião e podemos usar isso para a melhoria de muita coisa na sociedade.” diz Maria Luiza.
O Balanço Geral, um telejornal popular exibido na hora do almoço na Rede Record com a apresentação de Henrique Chaves, aposta em reportagens de comportamento e curiosidades. O programa ganhou a simpatia de grande parte da população, apesar de ser bastante criticado pelo excesso de sensacionalismo. Henrique, aos berros, apresenta as notícias do dia. Ele anda, de um lado para o outro, no cenário bem simples. O que para uns é interpretado como sensacionalismo para outros é somente a representação de uma realidade. Essa é a opinião da costureira Terezinha de Jesus de 68 anos, que garante que o programa ajuda a resolver os problemas dos mais necessitados. “Quando eu vejo o Henrique falando do problema, eu sei que ele vai resolver!” O programa, exibido de segunda a sábado, expõem o drama das pessoas e abusa dos sentimentos alheios.
“Temos que ter discernimento para nos tornar isentos e deixar que as conclusões sejam do telespectador e não nossas.” Diz Juliana Texeira, que está prestes a completar três anos na TV Tambaú de João Pessoa. A jornalista observa que quanto mais cruel a notícia maior o destaque. Mas a população não pode deixar que o sensacionalismo faça parte de seu cotidiano.
De alguma maneira, sempre nos basearemos em nossos valores para a produção de um texto. O que não se pode fazer é passar para o público apenas um lado da história, o impedindo de tirar suas próprias conclusões. Com honestidade, responsabilidade e compromisso social, devemos levar a informação correta ao público.
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