quarta-feira, 27 de maio de 2009

"Se cuide, filho não é brincadeira"

Adolescente do primeiro colegial engravida de um colega de classe aos 16 anos de idade. Ao contar para seu pai sobre sua gravidez recebe total apoio e ajuda. Juntos, encontram um casal disposto a adotar seu filho antes mesmo de nascer, a interessada é uma mulher com boas condições financeiras além do enorme desejo de ser mãe. Essa é a trama do filme Juno, um longa-metragem engraçado e sarcástico, mas que infelizmente não é condizente com a realidade da maioria das adolescentes que engravidam tão cedo. Na vida real as dificuldades vão muito além do não estar preparada.

Segundo pesquisas realizadas pelo IBGE, o número de adolescentes grávidas ,entre 15 e 24 anos, é de aproximadamente 22%. Em classes menos favorecidas, a porcentagem de meninas grávidas e com maior número filhos é superior do que em classes com maior aquisição. No Brasil, a maioria de casos assim concentra-se em áreas rurais, e a região que ocupa o primeiro lugar no ranking é o Centro Oeste. Baseado em estudos a cerca da população jovem no Brasil, pode-se afirmar que paralelamente ao declínio dos níveis gerais da fecundidade, houve uma mudança em seu padrão etário, ou seja, o número de fecundidade das jovens brasileiras teve um aumento expressivo, ao mesmo tempo em que se pode notar uma redução nas taxas de fecundidade de mulheres com mais idade.

A pedagoga Sara de Almeida está acostumada a lidar com casos assim constantemente, ela é diretora do Lar das Crianças de Lourdes, fundada pelo farmacêutico, já falecido, Lino de Almeida e sua esposa Maria da Paz de Almeida, em Taguatinga Sul. O casal começou recebendo crianças carentes em sua própria casa e só depois receberam um espaço cedido pelo governo. Além do espaço, o governo contribui com uma renda mensal que paga os funcionários do local, deixando como responsabilidade dos donos as despesas com moradores, como alimentação, roupa e higiene. A instituição presa em abrigar crianças que não tem onde morar, por abandono ou problemas com os familiares. Esse é o caso da adolescente Ana, de 16 anos, que foi acolhida pela pedagoga quando tinha ainda 14 anos. A menina estava grávida e foi expulsa da casa de sua irmã, que não aceitou o bebê. “Muita coisa mudou depois do bebê, hoje não saiu mais e sou vista de outra maneira por meus colegas. Fui obrigada a amadurecer mais rápido”, explica Ana.
Os traumas para uma criança que têm sua vida modificada tão rapidamente são vários, e por isso o abrigo contratou uma psicóloga para cuidar dessas adolescentes que, muitas vezes, não tem nem mesmo o corpo preparado para ser mãe. De acordo com a doutora Jéssica Sampaio o tratamento com meninas nessa situação tem que ser mais sutil, pois elas muitas vezes se vêem preparadas para assumir tal responsabilidade, quando na verdade não estão. Isso ocorre principalmente antes do nascimento do bebê, e qualquer decepção ou aborrecimento pode fazer com que abandonem as seções.

Marta é outro caso de gravidez precoce que chegou à Sara, dessa vez um pouco diferente, pois Marta foi deixada lá quando ainda era bebê, não chegou a conhecer sua mãe, e seu pai só aparece aos finais de semana. “nem vejo, nem converso com meu pai. Ele aparece uma vez na semana pra visitar minha irmã que fica aqui também” conta a menina. Ela fugiu do abrigo e na rua conheceu o garoto de quem engravidou, quando descobriu a gravidez voltou para o Lar de Lourdes e o garoto foi para Goiânia, onde residem os pais.

Espaços que acolhem adolescentes grávidas nem sempre é a opção que essas jovens fazem, pois querem continuar com o companheiro, e por isso se submetem a condições extremamente constrangedoras. Assim ocorreu com Laura, que aos 14 anos foi expulsa de casa por está grávida. A menina é moradora de Samambaia e era criada por tias e a avó, desde que a mãe foi presa por envolvimento com drogas, sem querer abandonar o namorado se viu obrigada a pedir para ficar na casa dele, que convenceu o pai a aceitar a namorada e o bebê que estava a caminho, mesmo sem concordar com a atitude do filho. Laura diz que é destratada, mas não quer ficar longe do pai de seu filho.

Pensando em casos como estes, adolescentes sem preparação para ser pais, o governo promove há alguns anos a campanha de planejamento familiar, que em 2008 teve o slogan “Se cuide, filho não é brincadeira”. A campanha foi idealizada pelo Ministério da Saúde com a intenção de cumprir o compromisso firmado pelo presidente Lula, de ampliação do acesso a informação e aos métodos contraceptivos disponíveis no SUS, Sistema Único de Saúde, garantindo que o casal decida quantos filhos querem ter, e quando querem ter. A campanha de Planejamento Familiar foi veiculada através do rádio e da televisão no período de 09 a 22 de março, além de cartazes e anúncios em revistas. Tudo isso para que esses jovens possam se conscientizar da importância do planejamento familiar.

A jornada do impresso


As cartas tornaram-se a principal forma de transmitir noticias. Os antigos gregos com as Efemérides e os antigos romanos com as Actas, que nasceram no final da República Romana por ordem de Júlio César. Primeiramente eram afixadas, mas logo passaram a circular sob a forma de pergaminho;
105 D.C. - É atribuída a T'sai Lun na China, a invenção de papel . Fabricado a partir de fibras de cânhamo trituradas e revestidas de uma fina camada de cálcio, alumínio e sílica;
No século XII - os europeus tomaram conhecimento do papel como um artigo de luxo, introduzido pelos árabes;
Na década de 40 do século XV-Gutenberg foi o percussor da impressão. Usando tipos móveis reutilizáveis e desenvolvendo assim as artes gráficas. Seu primeiro projeto ambicioso foi à impressão da Bíblia;
Há controvérsias sobre o primeiro jornal impresso. Alguns historiadores acreditam que tenha sido o mensário Noviny Poradné Celého Mesice Léta 1597 (Jornal Completo do Mês Inteiro de Setembro de 1597) editado em Praga por Daniel Sedltchansky. Mas outros historiadores preferem dar as honras de primeiro jornal impresso ao semanário Nieuwe Tijdinghe, criado em Antuérpia por Abraão Verhoeven, em 1605.
O primeiro jornal impresso diário foi o Daily Courant, criado na Inglaterra por Elizabeth Mallet, em 1702. Era apenas uma folha de papel, mas não só mostrou que as pessoas queriam conhecer rapidamente as noticias, como também contribuir para transformar o conceito de atualidade.
De 1631-1789 - em sua primeira fase, o jornalismo adquiriu caráter diário. Já circulava folhetos e gazetas, impressos em formato de panfleto;
No Brasil, o primeiro jornal foi o Correio Braziliense, fundado em Lodres no ano de 1808, por Hipólito José Costa. O objetivo era combater a censura existente no país, tratando de temas políticos.
O Correio Braziliense era produzido e vendido na Inglaterra e chegava ao Brasil clandestinamente. Tinha cerca de 100 páginas, era mensal, caro e apresentava um tom mais doutrinário do que informativo.

A partir de 1820, com o fim da censura, o Correio passou a circular livremente e novos jornais foram criados, tais com o Diário do Rio de Janeiro, o Revérbero Constitucional Fluminense e a Sentinela da Liberdade;
A segunda fase do jornalismo iniciou por volta do século XVII (1789-1830). O jornalismo passou da imprensa informativa para a opinativa, caracterizando o jornalismo literário e político, colocando em segundo plano, finalidades econômicas;
Já no Segundo Reinado, surgiu no Brasil uma nova fase do jornalismo. Menos política e polêmica para se fazer mais literatura mundana. Dessa época são Jornal do Comércio (1827), a Gazeta de Noticias (1874), o Estado de São Paulo (1875) e mais tarde, o Jornal do Brasil (1891). Exibiam em suas páginas textos de famosos jornalistas escritores;
No inicio século XIX a imprensa que predominava era designada party press ou impressa do partido. Uma imprensa ideológica ou opinativa (de idéias);
Em meados do século XIX, ocorreram mudanças radicais na tecnologia que modifica os rumos e o caráter da imprensa, surgindo assim à terceira fase do jornalismo.
Com a criação da prensa rotativa por Koning, em 1812, o advento do telegrafo e as evoluções dos transportes foram importantes para permitir uma maior produção, melhor distribuição e menos custos, que caracterizaram junto ao desenvolvimento industrial, um “jornal feito para massa”. Com estes inventos, os jornais ficaram menos opinativos e mais factuais e noticiosos;
É no século XIX que surge à demanda de papel para a impressão de livros, jornais e fabricação de outros produtos de consumo, levando à busca de fontes alternativas de fibras a serem transformadas em papel;
Na década de 80, inicia-se a quarta fase do jornalismo. Novas tecnologias fizeram com que o jornal mudasse. Um dos motivos foi à concorrência com a televisão. Os jornais diários passaram a serem mais atraentes com infográficos, surgiram as matérias de entretenimento, de serviço e utilidades.
Com a virada do século, os jornais trazem, além de política e literatura, entrevistas e reportagens. A imprensa descobre a publicidade e passa a ser uma empresa capitalista;
Os pequenos jornais, com estrutura simples dão lugar às empresas jornalísticas de maior porte, contando com complexos equipamentos gráficos. Esse é o inicio da industrialização do jornal;
Atualmente, os jornais utilizam em suas redações terminais de computadores. Um modo mais rápido de se “fazer” a notícia para milhares de leitores.

Valores que estão em falta no mercado

Imparcialidade, objetividade e neutralidade, são características que há algum tempo vêm se perdendo no perfil do jornalista moderno. Esses critérios, que sugeriam credibilidade, hoje, são princípios quase irreais, que acabam dando espaço a novos recursos. Como o sensacionalismo, que trata o fato com dramatização e espetacularização, transformando a notícia em uma mercadoria a ser vendida. Essa talvez seja a mais antiga ferramenta usada para aumentar as vendas de produtos de comunicação, e implica em uma opção editorial. As manchetes sensacionalistas têm o objetivo de chamar a atenção do leitor para um conteúdo que, na maioria das vezes, são fatos interpretados e não expressam, com a pureza necessária, a sua verdadeira natureza.
Há três anos e meio no cargo, o editor de economia do jornal Correio Braziliense Raul Pilati, busca neutralidade e imparcialidade no dia-a-dia de sua profissão. Raul garante que um verdadeiro jornalista respeita a informação tanto na apuração quanto na publicação do jornal. “Sensacionalismo é uma apelação do jornalismo para atrair os consumidores de informação. Há diversas gradações de sensacionalismo, desde o destaque de algum aspecto até a distorção da informação. Não é defensível a desinformação, mas os veículos usam, em maior ou menor grau, deste recurso. A reação dos consumidores dá a medida do limite.” O Jornalista destaca que uma informação correta pode ser propositalmente distorcida pela visão editorial ou ter várias interpretações de uma mesma notícia. Mas garante: “não é possível esperar absoluta neutralidade e imparcialidade porque todos os jornalistas têm crenças, convicções, concepções, formações e deformações que turvam sua objetividade e o resultado de seu trabalho”. Qualquer estudante de jornalismo é orientado a checar e respeitar a informação, buscar ouvir muitas fontes, investigar e, principalmente, ser ético. Priscilla Andrade, estudante do 2º semestre de Jornalismo da Universidade Católica de Brasília, acredita que dificilmente escreveria uma matéria sem deixar transparecer sua opinião. A linha de raciocínio da estudante fica clara quando ela afirma: “O sensacionalismo é necessário. Não vejo nenhuma outra forma de prender a atenção do leitor.” Já Luanna Ramos cursa o último semestre de jornalismo, e não mede palavras ao afirmar que o sensacionalismo é uma forma de deformar a realidade. De acordo com a estudante, esse é um artifício utilizado propositalmente, pois é possível fazer um jornalismo sem a utilização deste recurso. Quando questionada sobre como os jornalistas fariam para não perder a credibilidade junto ao público, diz “Primeiro, falar a verdade, independente do recorte que resolva destacar dessa realidade. Sendo verdadeiro, já é primeiro passo.” Luanna se forma em Julho desse ano e ressalta que tentará usar a neutralidade e imparcialidade em sua profissão.
Fica cada vez mais clara a nova visão que os jornalistas têm sobre antigos valores. A imparcialidade e objetividade são questões que ficaram como objetivos que, na maioria dos casos, não são alcançados. Maria Luiza Brochado é jornalista da EMBRAPA, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, há 11 anos. Ela apenas reafirma o que já foi dito por outros entrevistados. Ela diz tentar trabalhar com neutralidade. “Estou sempre buscando aplicar a imparcialidade, mas em certos momentos esta não é a melhor alternativa. Somos formadores de opinião e podemos usar isso para a melhoria de muita coisa na sociedade.” diz Maria Luiza.
O Balanço Geral, um telejornal popular exibido na hora do almoço na Rede Record com a apresentação de Henrique Chaves, aposta em reportagens de comportamento e curiosidades. O programa ganhou a simpatia de grande parte da população, apesar de ser bastante criticado pelo excesso de sensacionalismo. Henrique, aos berros, apresenta as notícias do dia. Ele anda, de um lado para o outro, no cenário bem simples. O que para uns é interpretado como sensacionalismo para outros é somente a representação de uma realidade. Essa é a opinião da costureira Terezinha de Jesus de 68 anos, que garante que o programa ajuda a resolver os problemas dos mais necessitados. “Quando eu vejo o Henrique falando do problema, eu sei que ele vai resolver!” O programa, exibido de segunda a sábado, expõem o drama das pessoas e abusa dos sentimentos alheios.
“Temos que ter discernimento para nos tornar isentos e deixar que as conclusões sejam do telespectador e não nossas.” Diz Juliana Texeira, que está prestes a completar três anos na TV Tambaú de João Pessoa. A jornalista observa que quanto mais cruel a notícia maior o destaque. Mas a população não pode deixar que o sensacionalismo faça parte de seu cotidiano.
De alguma maneira, sempre nos basearemos em nossos valores para a produção de um texto. O que não se pode fazer é passar para o público apenas um lado da história, o impedindo de tirar suas próprias conclusões. Com honestidade, responsabilidade e compromisso social, devemos levar a informação correta ao público.

UCB pensa em diminuir média para aprovação

Foi iniciada, no começo do ano letivo, uma discussão, entre os professores da Universidade Católica de Brasília (UCB), que trata sobre uma possível alteração na nota mínima para aprovação das disciplinas da Universidade. A média, que até então é sete, passaria a ser cinco.
O assunto, que ainda está sendo estudado pela instituição, divide opiniões. Foi realizada, no último dia 19, uma reunião dentro do curso de Comunicação Social para por em pauta o assunto e decidir qual será o posicionamento do curso com relação à nova mudança.
O aluno Thiago Oliveira, do curso de Comunicação, afirma que chegou a discutir o assunto em sala, com professores do curso. “Acho que a Universidade está fazendo isso para se comprar com outras Faculdades. Assim como abaixou também o preço das mensalidades. Daqui a pouco a Católica vai começar a perder o prestígio que tem”, afirmou o estudante que se preocupa com renome da instituição, já que a Universidade é considerada uma das melhores do país. Mas já a aluna Nayara Magalhães, que também já chegou a debater o assunto em sala, acredita que a mudança tornará a avaliação mais justa. “Com a média sendo sete acontece, muitas vezes, de um aluno com um bom rendimento receber a mesma nota de um aluno que teve um rendimento menor. Tudo porque o professor não vai reprovar um aluno regular e a nota sete é considerada uma nota relativamente alta, podendo ser a nota de um aluno com um bom rendimento”, defende Nayara que cursa o primeiro semestre de Publicidade na UCB.
As opiniões são diversas e tratadas diferentemente dentro de cada curso. A aluna Karolline Rodrigues, que cursa o oitavo semestre de Direito, não sabia da possível alteração, mas demonstra sua empatia com a idéia, “Eu não concordo, pois o rendimento dos alunos e do corpo docente vai cair. Pois vão fazer com que o aluno se dedique menos. Além disso, isso prejudicará a Universidade, diminuindo sua qualidade e a qualidade de nossos currículos”. O professor Edilberto que ministra as aulas de Direito e Economia, Direito penal e Processo Penal, concorda com a estudante e afirma que a nota sete faz com o aluno se esforce mais na hora dos estudos, para ele a nota cinco parece “insuficiente”.
Para outra parcela de professores, a questão não é discutir a média, mas sim os métodos de avaliação nas disciplinas. Para os que defendem essa opinião, a avaliação é a forma mais precisa que o professor tem de calcular os esforços e conhecimentos do aluno. Assim, não importaria a nota, mas sim o que cada estudante conseguiu aprender com as aulas.

Honestidade X Privacidade

A conversa gravada entre Gilmar Mendes, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), e o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) trouxe grandes suspeitas sobre alcance dos grampos telefônicos. Em 2007, foram feitos 409 mil grampos em telefones fixos e móveis, autorizados pela Justiça. Diante disso, a preocupação com as escutas cresceu e impulsionou a venda de produtos para fazer e bloquear escutas.
Tal situação abre espaço para alguns questionamentos. Os grampos colocam em risco toda uma liberdade conquistada após a ditadura? Ou quem não deve nada pode abrir mão de alguns direitos e garantias individuais?
Além das pessoas de má-fé que podem usar desse tipo de informação como instrumento de chantagem e extorsão, alguns agentes de órgãos policiais e de fiscalização, entrevistados pela Folha de S.Paulo, dizem usar extratos telefônicos para "mapear" a rede de relacionamento de seus potenciais alvos durante a fase que antecede à instauração do inquérito. Esses dados também são muito usados em investigações policiais. A “Grampolândia” divide muitas opiniões. Em depoimento à CPI dos Grampos, o general Jorge Félix, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, afirma que a única forma de escapar de escutas é não abrindo a boca. Já o presidente do TSE, Ayres Britto, garante que se preocupa muito com a prática dos grampos, por colocar a privacidade das pessoas em risco, em nome da segurança do Estado. Diante dos fatos, permito-me dizer que, quando a causa envolve o bem da população, o erro não está nos grampos, mas nos que se mostram corruptos.

Aceitaria

Eu aceitaria ser o que seu sentimento determinasse.
Poderia ser uma bonita lembrança, ou quem sabe apenas uma doce saudade.
Eu aceitaria, não sem dor, ser algo sem rótulos. Ou apenas alguém que precisa ser esquecida.
Poderia ser o que você quisesse o que você pedisse.
Eu poderia não sentir a necessidade de explicações, se por acaso me pedisse para não explicar.
Poderia ir e não olhar para trás se me dissesse que meu caminho e o seu não deveriam mais se cruzar.
Eu saberia aceitar o destino se eu pudesse o conhecer.
Eu aceitaria escutar, se sua vontade fosse falar.
Mas tenho o direito de não me conter, se você se recusa a pedir o contrário.
Eu posso insistir em errar, se você prefere não se pronunciar.
Eu seria capaz de não procurar respostas, se você colocasse com suas palavras apenas mais uma interrogação em minha cabeça.
Eu poderia viver com a dúvida, se eu a tirasse de seus abraços.
E poderia voltar atrás, se por acaso você voltasse atrás.
Eu aceitaria fingir desentendimento se me propusesse um entendimento.
Eu aceitaria desculpas, se por um acaso se desculpasse. e te diria o que penso se aceitasse conversar.
Eu só não consigo ler sua mente e lidar com mais ilusões.
Não consigo criar o que dizer e imaginar o que responderia.
Porque eu consigo ser eu e posso fazer tudo o que realmente faria se me pedisse, mas não consigo nem ao menos tentar pensar no que você realmente deseja fazer, se é que ainda deseja alguma coisa.
Eu aceitaria fingir, não sei se com sucesso, que não penso mais nenhum segundo sequer em voe e te prometeria que nunca mais cruzaria seu caminho, se assim me pedisse. Em troca só queria uma palavra, um gesto ou um olhar que seja que me dissesse alguma coisa, por mais sem sentido que seja. Porque eu descobriria o que quisesse me dizer.

O primeiro passo pode ser o seu

Um levantamento feito pelo Instituto Superior de Estudos da Religião do Rio de Janeiro, junto a Johns Hopkins University, constatou que em nosso país existem mais de 200 mil instituições sem fins lucrativos, congregando cerca de 10 milhões de voluntários e prestando atendimento a, pelo menos, ¼ da população brasileira.
No Brasil, o Estado atende uma parcela restrita da sociedade, fazendo com que inúmeros cidadãos fiquem sem a assistência devida. Muitas dessas instituições nascem com o desejo de dar a estas pessoas a oportunidade de terem seus direitos respeitados.
Mesmo com o terceiro setor sendo o segmento que mais se desenvolve no Brasil, ele não consegue dar assistência a todas as classes marginalizadas socialmente. Estudos realizados pela Pesquisa Econômica Aplicada (IPAE), junto com outras entidades importantes, mostraram que os grupos preocupados com a defesa dos direitos humanos são os que mais crescem dentro do terceiro setor.
No Brasil, o tempo que se leva para criar uma associação beneficente é extremamente longo, comparado a países desenvolvidos. Em lugares como a França, por exemplo, as questões burocráticas são resolvidas em poucos meses, para que assim a entidade passe a agir mais rápido na sociedade. Aqui a espera por todas essas resoluções chega a durar anos, o que pode causar a desistência por parte dos criadores.
Maria Lourdes, uma das fundadoras da Associação DF Down, afirmou que o tempo de espera para a legitimação do projeto foi grande. A associação começou a ser pensada quando sua filha, Lia Luiza, nasceu em 2004, mas devido aos trâmites legais só puderam começar a atuar no início de 2007.
Lia nasceu com Síndrome de Down e Lourdes por algumas vezes foi incentivada pelos médicos a tirar o bebê. Sem se deixar abater pelos conselhos dos profissionais ela levou a gravidez até o fim, e percebeu que a filha seria amada de qualquer forma. Maria Lourdes contou que desde o primeiro dia que soube que seu bebê nasceria com má formação genética decidiu não chorar mais, ela queria agir. Hoje, com a sua experiência de vida, além de coordenar a Associação DF Down, e integra a coordenação do Instituto Meta Social.
O Meta trabalha com projetos de divulgação, visando a inclusão de pessoas com deficiências. O Instituto nasceu com a conversa descontraída de Helena Werneck e Patrícia Heiderich, ambas com filhas com SD. Lourdes que recentemente passou a coordenar o Meta em Brasília afirmou que a integração de instituições assim é capaz de falar mais alto e atingir os ouvidos do governo.
Junto com Maria Lourdes trabalham inúmeros voluntários, mas ainda não o suficiente. A associação pretende criar um espaço com médicos que atenda crianças com Down que não tenham condições. Em Brasília o único hospital público direcionado para o atendimento exclusivo dessas pessoas conta com um atendimento incompleto. “Eu pensei nisso aqui não foi para a Lia, graças a Deus eu tenho condições de levá-la aos melhores médicos, eu luto pelos que não tem as mesmas condições que eu”. São com pensamentos e iniciativas como a de Lourdes que nascem as associações do terceiro setor, com a intenção de levar os direitos básicos àqueles que não recebem assistência do governo. Essas instituições não visam fazer o trabalho que era pra ser feito pelo Estado, por obrigação. De acordo com Lourdes a luta deles é por respeito, tanto do governo, quanto da população.

Que diferença é essa?

Não sei se já pararam pra pensar em quantas espécies diferentes de flores existe no mundo. Temos a beleza da margarida, o perfume das rosas, a singularidade e o charme do copo de leite. Todas são flores, mas podemos perceber em cada uma delas algo único, que acaba a tornando especial. Acredito que em nosso cotidiano aconteça o mesmo, com as pessoas que nos cercam.
Certa vez, caminhando sozinha pela rua, pude perceber que o detalhe que nos distingue um do outro nem sempre é tão pequeno, e é exatamente aí que se torna irrelevante. Complicado? Eu explico.
Era cedo, quando parei meu carro uma rua antes do meu trabalho. Pela falta de vagas desocupadas perto do prédio, fui obrigada a caminhar um pouco mais, por um caminho que para mim, até então, era desconhecido. No entanto, o que mais me chamou a atenção não foi a feiúra ou estranheza do local, mas sim a quantidade de crianças que dormia em cima dos jornais, utilizados para cobrir o chão. A partir daí comecei a me ater para a explicação da questão disposta acima.
Sempre foi defendida a idéia de que a diferença é algo normal, que devemos conviver e aceitar cada uma delas. E eu não digo que esse ideal esteja de todo errado. Pois acredito que existem sim detalhes que devem ser desconsiderados, como a cor, ou a religião de alguém que de alguma forma acaba de se aproximar de você.
Mas eu, que tenho onde dormir e que hoje pude escolher o que comer no almoço, sou sim diferente daqueles meninos que, com os olhos cheios de água, me pediram ajuda na ida pro trabalho. Eles dividiam espaço com ratos que mais pareciam gatos, e eram obrigados a conviver com o cheiro insuportável que saia do esgoto sem tratamento. Ali, amontoados junto a parede, eles arrumavam suas caixas, que mais tarde usariam para guardar as balas vendidas no sinal. Nunca apanhei da minha mãe, nem fui assediada pelo meu padrasto, como também nunca precisei tentar dormir na rua e de madrugada acordar com baldes de água quente jogados sobre o meu corpo, por alguém que nunca me viu, ou pelo menos nunca me enxergou realmente. Eu sou sim diferente dos personagens dessas histórias que mais parecem ficção, mas que ocupam as ruas de nossa cidade, mesmo que no anonimato. Pude escutar cada uma delas, e a cada nova palavra que essas crianças me diziam, um pouco delas ficava em mim.
E eu também sou diferente daqueles que, apenas sentados em suas enormes cadeiras, recebem muitos mil em seus escritórios distintos. São sim, eles diferentes de mim, que todo fim de mês conto as economias guardadas para cobrir a mensalidade da universidade, enquanto eles para estarem ali muitas vezes nem chegaram a freqüentar uma. Não pretendo falar de justiça, acho que depois dos fatos expostos, as palavras não são mais tão necessárias. Mas agora sou eu quem pergunta. Realmente todas as diferenças devem ser respeitadas e aceitas? Realmente devemos fingir que não há nada demais acontecendo, que essa é só mais uma diferença que deve ser relevada?
Inúmeras vezes voltamos nossos olhos para julgar as diferenças erradas. Reclamamos das alterações de cor ou raça, de opções sexuais, inferioridade intelectual e esquecemos que enquanto isso, existem distinções que nos separam cada vez mais um do outro. Nos privam do toque, algo que para mim é tão importante. Convivemos com pessoas que nem nos damos o trabalho de conhecer, nós vemos todos os dias milhares de seres humanos, mas quanto será que realmente enxergamos?
São essas diferenças que nos impede de caminhar pela rua, com medo de ser assaltado, por aqueles que geralmente buscam caminhos perigosos em busca de uma vida melhor. É essa a maior diferença entre nós, a desigualdade social, e é a que dá origem a outras inúmeras desigualdades que parecem tomar conta do mundo e tapar o olho de todos aqueles que hoje ocupam aquelas tal cadeiras gigantescas, lembra? Em seus palácios caros, fechados e defendidos de tudo e de todos os outros.

Semana da solidariedade

A Semana da Comunicação também abriu espaço para a solidariedade. Alunos de Comunicação Social, tanto jornalismo, quanto publicidade, aproveitaram o espaço da SECOMUNICA para porem em prática um projeto pensado em sala de aula. A disciplina da professora Luiza Mônica, agência de comunicação comunitária, procura promover todo semestre um ato diferente de cidadania, lembrando aos comunicadores o seu papel com o social.
Nesse semestre, não foi diferente. Ontem, início da Semana da Comunicação, foi instalado, em frente ao auditório do bloco K, um espaço para coleta de cadastros para a doação de medula óssea. A iniciativa partiu dos alunos, que se organizaram, aprendendo sobre o assunto e produzindo material de incentivo à doação. Os alunos assistiram palestras sobre o tema e ganharam camisetas para a divulgação do ato.
Segundo a aluna Carol Curvello, os estudantes pretendem conseguir pelo menos 140 novos cadastros. Para a coleta da amostra não é necessário que o doador esteja em jejum. Qualquer pessoa, de 15 a 88 anos, com boa saúde pode doar. Os cinco ml de sangue são retirados para a avaliação de compatibilidade o possível doador e o paciente. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a chance de encontrar uma medula compatível é de uma em cem mil. Por isso, o espaço para a coleta da amostra de sangue estará montado novamente amanhã, quarta-feira. Participe.

Afinal, quem é o dono?

Usar a TV como forma de se atualizar sobre o mundo é um hábito totalmente normal. Hoje em dia, ligar a televisão e assistir a novela, ou escutar as principais notícias do dia faz parte da rotina do cidadão brasileiro. Segundo dados do IBGE, o número de casas com aparelho de TV chega aos 90%, ficando à frente até do aparelho de geladeira. Isso significa que esses 90% da população tem acesso a mais de 100 canais abertos toda vez que se ligam na telinha, ou seja, não precisam pagar nada para assisti-los.
Segundo sites de pesquisa, os canais abertos ganharam esse nome com a chegada da TV por assinatura, onde a empresa controla o sinal através de uma senha, que só é gerado para os clientes que necessariamente pagam uma quantia mensal para a utilização do serviço. Já a TV pública funciona de uma maneira diferente. As emissoras como Globo e SBT, por exemplo, são concessões públicas. Tratam-se de uma autorização apresentada pelo Governo Federal às empresas que desejam praticar a transmissão de uma programação via televisão, utilizando o espaço público e seguindo as leis previstas na Constituição.
Segundo o Ministério das Comunicações, o contrato “é celebrado entre a União e o requerente para a exploração dos serviços de Televisão, cuja execução do serviço está vinculada aos termos do edital de concorrência, no qual a entidade foi homologada como vencedora do certame, pelo Presidente da República, através de Decreto Presidencial e teve o ato de outorga deliberado pelo Congresso Nacional. As propostas técnicas e de preços pela outorga, apresentadas pela entidade são partes integrantes anexadas ao contrato.”
A
Lei nº 4.117/62, art. 33, determina que cada concessão dure quinze anos, podendo ser renovado por um período igual. Além disso, de acordo com a assessoria do Ministério das Comunicações, a emissora passa por uma fase experimental de seis meses de transmissão. Para continuar atuando e, depois do término dos primeiros quinze anos, ganhar a renovação do contrato, a empresa deve obedecer algumas regras constitucionais. Durante a concessão, a emissora deve privilegiar a educação, a cultura nacional e regional no conteúdo da programação. No entanto, com o descumprimento da lei, o governo deve esperar o término da outorga, de quinze anos, para que o Congresso vote o cancelamento do serviço, como prevê a constituição.
Agora que já sabemos que essas famosas redes de televisão ocupam espaços públicos e que devem atender interesses ligados à cidadania para continuar atuando, pergunto: quantas notícias de concessões caçadas já leram? Não devem ter sido muitas. Isso ocorre devido à falta de informação da população, que por muitas vezes não saberem que qualquer pessoa pode acompanhar a validade das concessões das emissoras de televisão pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), acabam não correndo atrás de seus direitos, cobrando uma programação que tratem de interesse público.
A dona de casa Terezinha de Jesus, de 72 anos, só assiste canais abertos. Ela argumenta, “A Globo completa 40 anos e nunca pensei que, para continuar atuando, ela precisasse renovar o contrato. Para mim, o Marinho já era o dono da Rede Globo”. Terezinha é uma das inúmeras pessoas que comete esse tipo de engano, por estarem acostumadas a assistirem sempre as mesmas emissoras, há anos.
Mas quem acha que essa confusão não atinge os comunicadores, engana-se. Taís Calado, 20 anos, estudante do quinto semestre de jornalismo, afirma, “Eu sabia que essas emissoras ocupam lugar público, mas não tinha o conhecimento sobre o período que essas redes têm para ficar no ar e, muito menos, que nós, cidadãos comuns, podíamos acompanhar esse processo. Acho que falta maior divulgação sobre essas coisas, mas creio que as TVs abertas não estejam muito interessadas em anunciar notícias desse tipo”.
A verdade é que a impunidade quanto a renovação e vencimento dos prazos de atuação acaba passando à população a idéia de que os canais abertos são propriedades de figuras conhecidas, como Silvio Santos ou Roberto Marinho, por exemplo.
O processo da concessão
A assessoria do Ministério das Comunicações garante que o tempo que um processo pode durar não costuma ser o mesmo. A via crussis do processo é longa.
A primeira etapa com o pedido da concessão é avaliado pelo Ministério das Comunicações que, em seguida, encaminha o processo para a Presidência da República. Depois disso, a documentação passa a ser avaliada no Congresso Nacional, sendo primeiramente analisadas pela Câmara dos Deputados e Comissões de informática, Ciência e Tecnologia, Informática e, finalmente, de Constituição e Justiça. Depois da Câmara, é a vez do Senado analisar o processo. Por fim, é assinado um decreto legislativo que é encaminhado à Casa Civil e publicado no Diário Oficial da União.


Meu amigo tá na tevê

De segunda a sábado a estória é sempre igual. Pontualmente, ás 19h, escuto a mesma reclamação, caso o jornalista responsável pela apresentação do jornal não atenda pelo nome esperado. Na verdade, nunca entendi muito bem o porquê de tanta simpatia com um ancora que divide opiniões no mundo jornalístico. Famoso por seus comentários ousados e sua seriedade inquestionável, o jornalista da rede globo nem imagina a reação tida por Nayara toda vez que critica alguma coisa na televisão.
A garota, que sai logo cedo para a faculdade, cursa administração há dois anos. Quando chega em casa para o almoço, não tem muito tempo para sentar-se à frente da tevê para acompanhar o noticiário. À noite, quando chega do trabalho, a primeira coisa que faz é correr para sala e se juntar à família que se reúne todos os dias para observar a segunda edição do telejornal com as principais notícias do dia. E quando, por algum motivo, Alexandre Garcia não ocupa a bancada, a frase é sempre a mesma.
- Ah não! Cadê o Xandão?
Já tentei discutir e colocar na cabeça dela que ele nem sempre pode apresentar o DFTV, mas que, se ela tiver sorte, quem sabe o veja no Jornal Nacional. No lugar do charmoso William Bonner e sua simpática esposa.
O fato é que a imagem dos apresentadores de telejornais acaba conquistando sucesso e muitas vezes são comparados a celebridades. O público, por sua vez, tende a estabelecer uma intimidade com o profissional que diariamente entra em sua casa sem precisar pedir licença. Eles estão ali, nas más ou nas boas notícias. E, talvez pelo aparelho de tevê ocupar quase 90% dos lares brasileiros, essa relação entre espectador e jornalista torna-se mais evidente que nos outros meios.
Já perdi a conta de quantas vezes o telefone tocou em meio a notícias trágicas. Ao telefone freguesas da vovó querendo um blazer com a gola igual a do casaco da Fátima Bernardes ou um lenço com o corte do que está sendo usado pela Ana Paula Padrão no outro canal.
Acaba que o repórter ou apresentador passa a ser como um conhecido que lhe conta algo importante, dita moda e cortes de cabelo. Uns com mais credibilidade que outros. Outros com mais afinidades que um. Mas todos conhecidos demais para serem simples intermediadores entre o fato e o telespectador.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Saudade

Eu parei pra pensar. Percebi que as coisas ainda não tinham se ajeitado em minha cabeça. Talvez os danos de todo esse turbilhão de bobagens tenha me afetado muito mais do que eu imagino. Mas a verdade é que eu estou mais acostumada a mentir do que eu mesma imaginava. Eu finjo que está tudo bem, finjo que não estou chateada, finjo que tanto faz e eu finjo que sou forte. Resta saber se eu sou a única que acredito em todas essas mentiras. Porque querendo ou não eu acredito. Tudo o que eu precisava agora, 13:19 do dia 26 de maio de 2009, era de um abraço. Eu dispensaria o dinheiro e dispensaria tudo o que julgava importante até uns dois minutos atrás. Eu sinto mais falta dela do que mesma previa. Porque ela se fez importante não só quando eu preciso extravasar e cantar uma música qualquer. Não é só pelas tardes de karaokê, nem pelas lições de matemática. É porque, por incrível que pareça, é pra ela que conto minhas coisas, apesar de seus 11 anos. E parece que ela aprendeu a ler minha mente. Ela é quem desperta meu mau humor mais saudável e quem desenterra minhas risadas independente da hora. Ela é minha melhor companhia. Minha mais dolorida saudade. E só de pensar que o tempo pode passar e apagar tudo o que eu levei anos para ganhar parece que uma parte de mim vai embora. Eu me embrenho em um monte de confusões e tento não achar a explicação. Eu tento me enfiar em outros problemas fingindo que tudo isso é passageiro. Mas eu não sei até que ponto eu posso agüentar. Ela se fez a prima mais importante e me mostrou como deve ser o amor de mãe pra filha. Meu orgulho na aula de inglês. Meu estresse em matéria de português. Quem aceita apanhar por não entender que mim não conjuga verbo. E quem não aceita ser passada pra trás. Quem faz meu remédio e me diz que sou linda se eu estiver chorando, com dor de cotovelo. Quem me aconselha quando levo um toco e me diz que eu devo partir pra outra. Ela é a estrela que mais brilha no meu céu particular. E parece que agora tudo o que me resta são lembranças. Quando ela crescer eu espero poder explicar tudo o que aconteceu e dizer que a culpa não foi minha. Eu daria tudo pra passar de novo todas as minhas tardes com você e faria qualquer coisa pra te escutar reclamar de todos os filmes que eu alugo. Porque eu te amo e não consigo imaginar como isso acabaria. Te amo incondicionalmente, constantemente, eternamente...