segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Ao som de Maria Gadú, confesso que

http://www.youtube.com/watch?v=BBjG9-URipI

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Tem hora que a gente daria tudo pra parar no tempo, se perder em horas maravilhosas que pareciam impossíveis diante da nossa maré de sorte. Tem dia que a gente reza para o relógio parar, implora para o sol não se esconder e, por mais que procuremos, não encontramos motivo para reclamar. Nesses dias, nessas horas, tudo o que basta é um sorriso bem dado, uma música bem cantada e o corpo leve. A gente flutua sem tirar os pés do chão. Viajamos sem sair de casa, sem deixar a cama. O olhar perdido, que é o maior ganho, passa despercebido. E é nessa hora que a gente percebe que nem é preciso muito para ser feliz. É aí que a gente para e pensa que se a gente não pensa fica mais fácil acertar. E o que me resta desses momentos, dessas verdadeiras marés de sorte e bom humor, é uma eterna vontade de que na próxima vinda eles sejam maiores e que, nem que seja por algumas horas, o tempo pare de verdade. Todo mundo tem o dom de parar e apreciar uma boa música e todos temos que aprender a aproveitar esse dom.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Inquietação Sentimental

Às 2h30 da madruga costumo nem pensar em nada. Mas hoje foi diferente. Depois de levantar para beber água três vezes, em menos de meia hora, meu corpo implorava por descanso, mas minha cabeça insistia em flutuar.

Eu sei que acreditar no sexo oposto, principalmente nos dias de hoje, não é muito fácil. Ainda mais depois de perceber que eles adoram mentir e não hesitam em te deixar nervosa por qualquer coisa. O mais intrigante (e foi isso que me tirou o sono) é pensar que nós também somos assim, meio egoístas, que adoram ser mimadas. A verdade é que (o calor desses últimos dias pode ter atrapalhado meus neurônios) o ser humano é assim, é egocêntrico mesmo, e adora chamar atenção.

Ninguém vai se prender a algo que não esteja lhe fazendo bem. Mas longe de mim achar que o problema é comigo, afinal o auto-estima é essencial nessas horas. Por isso, preferi criar minha própria teoria para essa minha onda de “solterismo”. Dizem que toda regra tem sua exceção, e me baseei nisso para começar minha pesquisa. Não tem nada a ver com príncipe encantado ou alma Gêmea, isso não existe. O que existe é paciência e disponibilidade para amar. Brega, não? Também achei! Mas é isso. Se estamos em um bom momento, até o seu Madruga pode ser um bom partido. Aí vai de gosto, Ne! Dona Clotilde que o diga. Mas quem garante que ele não tem mesmo suas qualidades? No fundo é de bom humor que toda mulher gosta, e isso ele tem de sobra! Enfim, deixando o galã de lado, o que quero dizer é que, talvez, nós, solteironas de plantão, estejamos fazendo de tudo para não se apaixonar, mas um pouco sem perceber. Dá para entender? A gente começa a colocar defeito até na lente que não ta bem colocada no olho do rapaz. A unha ta grande, o cabelo despenteado demais (no meu caso, arrumado demais). A roupa ta muito certinha e ele parece ser excessivamente educado.

É, um bando de besteira, NE?! Mas quem nunca dispensou alguém por pelo menos um desses “probleminhas”. É, gente... E não adianta dizer que o beijo não era bom, que ele não sabe abraçar direito. Vai ver você nem percebeu que o menino bem que estava tentando quebrar o gelo que você construiu só para afastá-lo. Aí qualquer um perde a cabeça (no caso, a língua). Mas se estamos assim, com a idéia fixa de um amor platônico que não deu certo, isso vai acontecer mesmo. O negócio é deixar o estilo marido de Jolie para lá e abrir os olhos para os sapos que temos mesmo. Afinal, todo mundo tem um lado bom. Ou, pelo menos, quase todo mundo. Não podemos esquecer as tais exceções. Então, como boa menina que é, espere um cortejo de um cara legal e fique atenta aos detalhes. Com o coração aberto, a gente encontra mais rápido um cara que queira se vestir bonito e alugar um cavalo branco!

sábado, 18 de setembro de 2010

Covardia

Confesso que preferia nem tocar nesse assunto. Mas sabe quando parece que vai explodir? O coração fica apertado, as mãos suando frio e a boca sem um pingo sequer de saliva... Me sinto impotente diante das lágrimas dela. É como se todo o meu tamanho se reduzisse à nada. Uma formiga fica maior que eu. Eu fecho os olhos e posso me sentir indo embora, embora para um lugar que eu não faço idéia de onde seja. Não tem começo, não tem meio, nem ao menos um fim existe. É um lugar onde as coisas meio que somem, os sentidos desaparecem e sua mente se enche de vento. Um verdadeiro vácuo. Mas, mesmo com tudo tão mórbido, eu preferi me esconder aqui. Porque mesmo que não tenha risos descontrolados e gente conversando alto, aqui eu não consigo chorar. Eu até tento, mas as lágrimas parecem se congelar antes de deixarem meus olhos. Eu queria ter mais coragem que medo, queria saber o que fazer e me sentir forte o bastante para ir embora, mas não posso abrir meus olhos, a luz é forte demais e algo parece me puxar de volta pro escuro. Eu já não sei o que fazer com tanta agonia. Ela fica inquieta e eu me desespero, mas não sei o que dizer. Talvez eu feche os olhos por não conseguir vê-la triste. E eu sei que isso é errado. Eu deveria acordar para acordá-la também. Eu não deveria gritar, deveria entende-la, eu sei. Mas a genética não deixa. O que a aborrece acaba me atingindo também. Quando ela fica chata eu fico chata e meia. Quando ela é impaciente, eu deixo a calma de lado. Tenho medo de mim quando tenho medo dela. Mas tudo o que eu queria era ter força suficiente para nos levar para casa, de volta para o lugar seguro. Eu queria colo, mas não consigo enxergá-la daqui. Mesmo sabendo que eu sou tudo o que ela tem, eu me afastei e só agora percebo minha covardia, mas eu não consigo voltar.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Você sabe qual é o título

Amor. Sublime amor. Não importa com o que o comparamos, ele sempre será o mais lindo.

Tem o de mãe para filho, de filho para mãe. O incompreendido, o não correspondido, o que nunca nem descoberto foi.

Tem o discreto, o indiscreto. O incontrolável, o imperceptível.

Tem aquele que nasce com o tempo e o que já arde à primeira vista.

Tem amor doido e normal até demais. O inconstante e o que parece ser ideal.

Mas a verdade é que todos são amores. O brilho dos olhos sempre denuncia a verdade que ele tem.

Grandes e, enfim, complicados amores.

Todos nos arrancam lágrimas, sejam elas por preocupação, decepção, sei lá!

Mas a verdade é que todos nos trazem sensação de plenitude, força e segurança. Risos incontroláveis, lágrimas que nem precisam mais ser anunciadas, elas chegam chegando.

E mesmo sabendo de todos os riscos, tudo o que mais queremos na vida é nos apaixonar. Nem que seja pelo sol que nasce brilhando toda manhã, pela lua que nos deixa com um ar meio bobo, ou pelo homem que escolhemos para viver ao nosso lado para o resto da vida.

Nos apaixonar de novo a cada dia e gritar que o amor é bom mesmo, mesmo que tenham loucos mentirosos que digam o contrario.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Palavras não são só palavras

Percebi agora, antes de dormir, que sou cada letra que preenche o papel. Sou às vezes virgula, por outras poucas me faço ponto. Sou parênteses, colchete, mas prefiro me fazer reticências. Paro e continuo quando quiser, quando der. Sou do A ao Z, da prosa à poesia. Quando feliz, me faço crônica. Com preguiça, sou uma frase, não completo um Parágrafo. Sou e vivo de palavras, poucas, exageradas ou só meias palavras. Podem ser ditas nas entrelinhas ou aquelas que vem bem explicadas. Porque sou quem decido ser, no capítulo que me couber. Me desenho desordenada, rabiscada, às vezes nem ao menos sou entendida. Quando apaixonada, me faço bela, bem pintada, colorida. Não importa o idioma, eu me comunico. Sei falar de amor, despedida, volta, amizade. Eu sou cada pingo de i. Sou a volta do g. Tenho os traços do T e a dificuldade do D. Eu chamo, peço silêncio e não preciso que me leiam alto. Se faço ou não sentido, não importa. Atinjo exatamente quem eu quero. Para os bom entendedores a metade de mim já basta. Sou ousada, calma ou prepotente. Depende de cada dia, porque sou mutável, sou mudança, sou um verbo que não vive de gerúndio. Eu sou cada gota que preenche o papel, sou a data, rodapé, cabeçalho. Eu sou tudo aquilo que cabe nesta folha em branco. Vou do nada ao tudo em segundos e me desmancho com um apertar de teclas, com o balançar da borracha. Sou quem eu quero e preciso ser. Sou o que escrevo ser!

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Eu?

Cansei! Meus sonhos são só sonhos, perdidos em um caminho que ninguém percorre. Minhas lágrimas são só um liquido salgado que insiste em correr em meu rosto, desrespeitando qualquer pacto que fiz comigo mesma. Minhas mãos são mãos sem carinhos. Meus olhos, apenas dois mundos sem rumo. Minha raiva é meu tempero, meu sorriso minha criptonita.

Mesmo sabendo que meus defeitos são só defeitos, e não minha condenação. Sou meu tudo, não tenho nada. Minha certeza já foi embora, assim que minha consciência chegou. Uma noite é só uma noite, mesmo que marque toda uma vida. Meus tropeços são minha escola e meu orgulho meu maior castigo.

Tenho medos que parecem sonhos e sonhos que não passam de sonhos. Porque meus sonhos são só sonhos e minha realidade já nem existe. Meus pensamentos são devaneios, que sem saberem onde ir, ficam soltos no espaço. Meu espaço é uma página em branco, que quando se desenha me mostra um mundo. Um mundo que me encontra, mesmo diante de tantas incertezas, mesmo com tantas confusões.

Uma pedra não é mais só uma pedra, é a parte de uma estrada. Uma estrada não é mais só uma rua, é minha certeza de escolha, meu livre arbítrio. Um caminho, um adeus e um destino. Não posso escolher o que quero, pois minha direção não depende de mim. Sou refém do meu olhar, que se encanta com mãos alheias. Eu amo o desamoroso, eu canto mentiras que meu coração inventa para não chorar. Eu sonho sonhos que são só sonhos, pois tenho medo do que não conheço, tenho medo de acordar.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Lucidez

Gosto da minha vida pacata. Sem muitas regras, mas também longe de grandes emoções. Não sei se a melhor palavra para defini-la é certa ou, quem sabe, chata! Meu um é um, nem mais nem menos. Não gosto de somas complicadas ou adições que possam me tirar muito do que não tenho. Pensar é o meu forte que só me enfraquece. Me afogo em esperanças ilusórias e realidades nem tão reais assim. Mas finjo que não percebo nada. Minto sem perceber, quando vejo já foi. Viajo quilômetros sem sair do lugar e acho que nada mais mudou. Uma vidinha normal que esconde fantasias mais que fantiosas. Tenho um lugar só meu, onde ninguém consegue chegar, nem eu. Quando a normalidade me chega e a culpa de ser tão igual me abandona, eu imagino como seria se eu pudesse arriscar um tiquinho mais. Mas, quando durmo, esqueço. Não lembro mais de sonhos que um dia tive e besteira que um dia, assim sem querer, murmurei. Acho desculpas para dizer o quero e depois procuro razões para não tê-las mais. Quando dormir, eu esqueço que um dia o meu tudo se fez nada e meu riso virou lágrima. Porque ainda não sei quem eu sou. A vida que tenho. Os medos que se transformam. Ainda não sei pra onde irei ou de onde eu realmente vim. Minha lucidez vai embora quando o sono vem. Quando dormir eu esqueço que vivo sonhando.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Poema Enjoadinho


Vinícius de Moraes


Filhos... Filhos?
Melhor não tê-los!
Mas se não os temos
Como sabê-lo?
Se não os temos
Que de consulta
Quanto silêncio
Como os queremos!
Banho de mar
Diz que é um porrete...
Cônjuge voa
Transpõe o espaço
Engole água
Fica salgada
Se iodifica
Depois, que boa
Que morenaço
Que a esposa fica!
Resultado: filho.
E então começa
A aporrinhação:
Cocô está branco
Cocô está preto
Bebe amoníaco
Comeu botão.
Filhos? Filhos
Melhor não tê-los
Noites de insônia
Cãs prematuras
Prantos convulsos
Meu Deus, salvai-o!
Filhos são o demo
Melhor não tê-los...
Mas se não os temos
Como sabê-los?
Como saber
Que macieza
Nos seus cabelos
Que cheiro morno
Na sua carne
Que gosto doce
Na sua boca!
Chupam gilete
Bebem shampoo
Ateiam fogo
No quarteirão
Porém, que coisa
Que coisa louca
Que coisa linda
Que os filhos são!

Já não existe

O que eu quero já não existe mais. Eu só queria ter tido tempo de dizer adeus, mas tudo foi rápido demais. Nossos passos tomam dimensões que as vezes não esperávamos. Do grão de areia tiro montanhas. Dos meus risos, lágrimas.

E se eu sentir saudade? Tudo o que posso fazer é fechar os olhos e esperar que meus sonhos ainda tenham vestígios de onde você está. Seu rosto e sua fala engraçada não saem da minha cabeça.

Torço por um encontro, rezo por mais uma palavra, que valha mais do que quaisquer palavras. O que eu quero? Já não existe mais. O tempo levou, me deixou lembranças, marcas de um futuro incerto, que se desmanchou no primeiro balanço.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Rumo ao hexa, em 2014

Começo esse desabafo com um grito que toma a garganta dos brasileiros. "Eu sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor"! E, acreditem, não é orgulho de nossas questões políticas ou da nossa educação desajustada. O meu orgulho é do povo, que, independente da cor, pinta o rosto de verde amarelo e se junta em um só coração, com um só objetivo. Então, que nos orgulhemos de nossa seleção, em qualquer situação, penta ou hexa. Somos o país do futebol e isso ninguém nos tirou ainda. Força e bola pra frente. Em 2014, nossos guerreiros contam com nossos gritos e com nossa empolgação. Dessa vez, eles nos sentirão e nos verão gritar! Eles nos unem e é isso que transforma a copa em um evento tipicamente brasileiro.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Se a carapuça servir

Eu preciso que me diga exatamente o que quer. Sem rodeios, me fale de onde quer começar. Ainda não aprendi a ler as pessoas com a mesma facilidade que aprendi a me deixar ser lida. Tenho mais defeitos do que imagina, mas nunca fui omissa ao ponto de te deixar acreditar em sentimentos incertos. O meu sim nunca foi talvez e meu não sempre teve ar de negação. Eu pedi escolhas e você só me dava mais opções. Enquanto eu procurava segurança, você sempre se esquivava. Tive medo, mas minha coragem ultrapassou seus limites. Eu iria onde disse que iria. Namorada? Nunca fui. Na verdade nunca soube que nomenclatura usar. Eu, para falar a verdade, sempre achei que fosse mais um passatempo. Aí, boba como sempre, acreditei que a situação mudaria. E fui naquela de cobrar conseqüências diferentes de um fato que nunca mudou. Calei palavras que precisavam ser ditas por puro medo de falar demais. Enquanto isso, meus ouvidos escutavam a mesma ladainha que eu própria havia ensaiado em frente ao espelho. Fui o que fui e disse quase tudo o que eu queria dizer! Sem contar com esses impasses, esse medo de palavras fortes, eu deixei claro de onde vinha e para onde eu queria ir. Sei que mereço mais do que me deu. Muito mais. Minha paciência durou tempo suficiente para me transformar em uma completa idiota. Não tenho medidas avantajadas, mas tenho cérebro. Um cérebro que obriguei a pensar, mesmo que ele não quisesse. Um cérebro que me levou onde eu já deveria estar a muito mais tempo. Eu agora estou livre daquilo que me prendia a uma liberdade que de mim nunca foi tirada e que eu daria tudo para não ter. Engraçado? Sim. E estranho, no mínimo. Mas essa história não foi de tudo ruim. Sozinha, eu soube aproveitar bons momentos. Você foi um bom ator!

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Você...

Já sonhou em viajar o mundo, sem se preocupar com nada? Eu penso nisso todos os dias. Antes de dormir, me imagino em lugares jamais vistos, conversando sobre coisas que nunca foram pauta para ninguém. Sem cobranças, a felicidade vem mais rápido, o sorriso fica mais natural e eles demoram a ir embora. Cansei disso tudo regrado, palavras contadas e atitudes mais que limitadas. Prefiro falar o que penso e depois me virar com as consequencias. Não quero que me obrigue a ficar onde não pareço bem vinda. Odeio mentiras e meias verdades e acredito que o sentimento verdadeiro é aquele que vem sem percebermos. Nunca tive dom para me afogar naquilo que não me empolga. Por isso, muitas vezes me perco sozinha, sem ter a quem recorrer. Não quero que me peçam calma, porque a vida não tem calma comigo. O tempo me consome, como consome a todos, mas percebi isso com uma certa rapidez. É preciso cavar a maturidade para perceber que a vida é isso aqui mesmo. Ela está bem aqui e é Cada noite não dormida, cada ónibus cheio e relógio apressado. E o único momento que tenho para fugir dessa realidade imutável é o sonho que me toma do nada, enquanto observo estrelas que nunca poderei tocar. Do meu cantinho privilegiado, consigo imaginar cavalos brancos, com príncipes encantados que riem quando me olham, como se eu fosse única. Aqui eu consigo ver olhares mais calmos, menos pressa e mais tempo de apreciar a lua. As pessoas conversam sobre qualquer coisa e se ajudam ao invés de procurar culpados. É aqui que eu sonho com a profissão perfeita e com a Mariana ideal, menos medrosa, com mais atitude e otimismo. Eu tenho esperança e calma. Tenho certeza e força para superar escolhas erradas. Aqui eu tenho com quem contra e posso escolher onde dormir em paz. Não devo esperar de ninguém, pois aqui cada um faz exatamente o que deveria fazer. Neste lugar, vejo pessoas que falam a verdade e se comprometem sem medo de errar, porque tem tempo de perceber que o erro nada mais é que um aprendizado. Basta voltarmos atrás. É possível. Eu só queria que meu tempo gasto aqui, de onde enxergo as estrelas e namoro a lua, não fosse em vão. Queria levar daqui cada conceito, cada encanto e cada aprendizado.

sábado, 29 de maio de 2010

O que eu quero

Já não sei o que eu faço para voltar ao meu normal. Respiro um passado que parece nunca ter existido. E falo coisas que nunca deveriam ser ditas e espero por sorrisos que nunca virão. Eu deixo que meus pés me levem aonde nunca fui e que minha mente volte de onde nunca estive.
Não sou exatamente quem eu queria ser e não tenho tudo o que preciso. Sou mais egoísta do que planejava ser e sinto mais medo do que minha coragem imagina. Se eu tivesse que, sozinha, me desenhar, não saberia por onde começar e não faço idéia de onde chegaríamos. Mas se eu tivesse que desenhar quem eu queria ser, talvez, só talvez, eu tivesse mais facilidade em começar.

A verdade é que me perco em um universo de pensamentos que acabam não me levando a lugar nenhum. Me envolvo mais com as mentiras que minha cabeça inventa do que em minha vida propriamente dita. Eu deixo que me iludam, mas nem sei porquê. Eu sei que não mereço tanta monotonia.

Sou uma menina pequena, que vive de sonhos que parecem nunca se realizar. Eu tinha que ser mais firme e me preocupar mais em me satisfazer do que em fazer vontades alheias.

Eu não quero sair. Quero ficar em casa, assistir um filme, enquanto como pipoca e tomo sorvete sem me preocupar com os quilos a mais. Quero ir dormir cedo e trabalhar no dia seguinte. Só quero juntar dinheiro e ir embora quando terminar a faculdade. Quero um dia ir a um karaokê e dizer que ao menos tentei ser uma pop star (rs). Antes de morar perto do mar, quero ir ali fazer um teste pro elenco da novela.

Quero mais liberdade, pra sentir que sou mais do que uma menina mimada. Quero rir mais, muito mais. Chega de tristeza. Eu quero sonhos que pareçam sonhos possíveis. Não quero comodismo, eu quero atitude. Quero sentir que sou mais, nem que seja mais do que realmente sou. Eu quero ser feliz por mais tempo. Quero que a música me embale e me leve à lembranças boas. Mas quero voltar logo.

Eu queria poder voar. Voar pra longe e em um respirar voltar à terra. E eu queria ter peito pra fazer tudo o que quero. Por perceber que a vida é só uma e que o tempo passa rápido demais. Não posso me dar ao luxo de esperar e deixar as coisas acontecerem naturalmente, porque eu preciso viver. Eu preciso sentir que estou viva e que fiz tudo o que estava ao meu alcance para vive-la da melhor forma possível. Não quero magoar ninguém ,mas não posso me magoar. Sou eu e eu, mais ninguém. Sou minha dona e minha maior conselheira. Tenho que ire m frente, mesmo que no caminho alguém fique para trás. Lá na frente, quem sabe, nos encontramos.

Quero um sorriso aberto, um aperto de mão. Quero olho no olho, coração com coração. Um momento em que nossos olhos falem mais que qualquer sílaba que nossas bocas pudessem pronunciar. Quero virar a cabeça em câmera lenta, enquanto nossos passos se separam. Quero o coração batendo tão apressado que pareça estar pulando pra for a do peito. Quero cantar ao invés de falar. Eu quero um grande amor. Não um amor qualquer. Preciso sentir que sou importante para alguém mais além de mim. Eu preciso crescer.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Uma caneta mágica

Se eu pudesse, viveria escrevendo.
Se me coubesse, traduzaria o mundo em minhas páginas em branco.
Daria vida a meus amores secretos com o seimples balançar da minha varinha mágica, minha caneta!
Trocaria alguma horas conturbadas por alguns minutos de pura fantasia.
Eu visitaria os lugares mais lindos de quais já se teve notícias.
Eu iria a terra do nunca e lutaria com o capitão gancho, depois de roubar um beijo do Peter Pan.
Beberia água da fonte da juventude e descobriria os mistérios do paraíso de Alice.
Ah, seu minha caneta fosse mesmo mágica, eu traria de volta quem me faz tanta falta. Adormeceria observando sorrisos e passaria o dia escutando suas histórias.
Com uma varinha mágica eu visitaria meus melhores amigos, poetas que nunca vi de perto, mas que conheço melhor que a palma de minha mão.
Eu iria à lua e voltaria no mesmo dia, depois de passear ao lado do menino dos cachos dourados, o tal príncipe do planeta pequeno.
Escrevendo me sinto mais normal, menos presa àquilo que a forjada sanidade da sociedade impõe. Eu viajaria em minhas palavras. Viveria e morreria para viver de novo. Contaria o que ninguém sabe, sem medo de errar. Eu conheceria o irreconhecível.
Meus planos seriam mais que simples planos, seriam projetos em andamento. Minhas agonias seriam lembranças. Meus amores não seriam preocupações.
Não existiria medo, saudade ou julgamento. Eu faria o que tivesse vontade de fazer. Caso nada desse certo, eu apagava, rasgava o capítulo e começava tudo de novo, com o maior prazer.
Meu maior objetivo seria a felicidade constante. Eu deixaria de lado a ideia de que ela não existe.
Eu faria filmes ao lado dos meus maiores astros de cinema. Casaria (de verdade) com meu marido (Tata entende). Eu faria parte do elenco do meu seriado predileto. Falaria inglês melhor que qualquer um e teria aulas de guitarra com o rei do rock.
Eu acabaria com a fome no mundo inteiro e todos teriam onde morar.
Se eu pudesse, escreveria pra sempre para a vida nunca ter final. Eu criaria novos parágrafos, mais capítulos.. tudo para que fosse possível continuar escrevendo!

Minha menininha cresceu

Você cresceu e me deixou aqui, presa a uma infância que não é minha. Seus olhos verdes, de doçura invejável, se fizeram maiores e mais atentos, livres da inocência que mantia intacta. Achei que fosse ser sempre igual. Brincadeiras em momentos errados, cantos desafinados, poses e caretas para o espelho.
Não sei como a trato. Se a chamo de mãe ou irmã, se continuo nas graças ou se passo a dar conselhos. Mas que conselhos lhe daria, se esqueci de crescer? Achei que sempre teria companhia, uma pessoa com quem gritar (mas gritar junto), alguém com quem roubar e fazer graça. Éramos tipo tico e teco, batman e robin, pateta e max. Nossas vozes engraçadas, minhas quedas. Suas besteiras, minhas besteiras.
Agora que algumas linhas já se formaram, percebo que sua ausência é algo que me marca mais do que eu percebia. Enquanto escrevo, escuto uma música que berrávamos juntas. Eu, com meu inglês mais do que inventado, fingindo que saberia te ensinar alguma coisa. Mas bem que agora enganamos bem.
Ai que medo de não saber crescer. Me sinto Peter Pan, mas sem sua trupe. Para mim, só você já bastava. Uma menina atentada que com um sorriso largo me lembrava personagens da infância. A Punk, lembra? Já lhe falei dela!
Eu entendo que tenha que passar por essa fase e sei que não será fácil. A primeira menstrução, o primeiro paquera na escola. A vaidade começa a ocupar um espaço maior na sua vida. Sair com o cabelo despenteado não parece mais uma boa ideia para você. Você está crescendo e esqueceu de me avisar. Ou a tonta aqui só deveria perceber sozinha, que um a bonequinha dos olhos claros viraria uma linda mulher. Me leve sempre em seu bolso e saiba que estarei a postos para enfrentar seus novos dragões, agora reais. Te terei sempre como a estrela que escolhi para iluminar meu caminho escuro. A pequena que sempre me deu a mão quando tinha medo do escuro. Minhas melhores lembranças serão para sempre suas e minhas orações mais compridas pedirão por você.
Que saudade de te pegar no colo e te colocar de cabeça pra baixo, enquanto você grita meu nome todo errado. Saudade de te levar na escola e sdo portão te ver correr com os pézinhos atravessados. Saudade de sentir que sou pra você o que o sangue não quis que eu fosse.
Eu não quero crescer. Não quero parar de ver graça em tudo e de achar que o mundo ainda tem solução. Quero gritar quando der na telha e quero cantar creed tudo errado! E não quero que você cresça (desculpa meu egoísmo). Não quero, mas posso aceitar. Só me promete que agora passa a cuidar de mim como eu tentava fazer com você. Usa esse seu novo ar de mulher pra me convencer de que tudo ficará bem e que um dia as coisas voltarão ao normal. Eu prometo que vou ser uma boa menina!

domingo, 11 de abril de 2010

Eu queria ser poeta

Já que a muito não escrevo versos que se aproveite, lhes deixo em boa companhia. Nada melhor que palavras que expliquem tudo o que sentimos... Ler Manuel Bandeira é se eu conseguisse, enfim, entender tudo o que está dentro de mim lutando para ser explicado! Então:

Desencanto

Eu faço versos como quem chora
De desalento... de desencanto...
Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto.

Meu verso é sangue. Volúpia ardente...
Tristeza esparsa... remorso vão...
Dói-me nas veias. Amargo e quente,
Cai, gota a gota, do coração.

E nestes versos de angústia rouca
Assim dos lábios a vida corre,
Deixando um acre sabor na boca.

- Eu faço versos como quem morre.

(Manuel Bandeira)

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Não me pergunte sobre os planos que sempre fiz e nunca coloquei em prática.
Não me fale sobre amores que nunca declarei.
Não me peça pra ficar onde eu nunca fui e lhe contar sobre o que nunca fiz.
Não me faça escolher entre o passado e o presente, pois ainda não aprendi a lídar com sua reação ao perceber minha resposta.
Não me julgue pelo que falei sem pensar, por mais que mil pensamentos tomassem minha cabeça naquela hora.
Não me culpe, nem me ame, antes de me conhecer.
Apenas me deixe ir em frente e me mostre o sinal de seguir em frente.
Preciso estar só na hora de decidir, mas preciso ter pra onde correr se o caminho estiver errado.
Não me abandone quando estiver chata demais, nem me dê muita bola quando estiver muito alegre.
Me puxe quando achar necessário, mas deixe que eu faça minhas próprias escolhas.
Me mostre que me quer bem, mas, por favor, me queira bem.
Não venha me falar de verdade quando não sabe o que isso significa.
Não me cobre respostas, me cobre razões.
Me fale alto ou me diga palavras ao pé do ouvido, mas converse comigo.
Me fale o que pensa, por mais que ache que vai doer.
Me interrompa, me ignore, me faça esperar. Mas me fale o que sente.

sábado, 3 de abril de 2010

'Besteirices' sentimentais

Você chega, a respiração falha e o coração dispara.
Quando vai embora, basta virar as costas pra me trazer suadade.
Meu pensamento já se acostumou a querer sempre a mesma coisa e meus olhos, quando me afasto, já não sabem que caminho procurar.
Minha rotina se resume a um nome e minhas escolhas saem com muito mais facilidade.
Torço para que o dia acabe, o outro comece e acabe outra vez. Assim, você chega mais rápido.
Com você, sou aspas e vírgula, mas nunca ponto final, quem sabe até reticenses.
Eu abro e fecho colchetes, mas nunca parenteses.
Continuar... Mesmo que eu não faça ideia de onde isso tudo vai dar.
Parar? Só se for pra começar de novo, de outro jeito, em outro posto.
Não quero promessas, prefiro sonhar por conta própria.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

O conturbado Eu

Parece que minha intimidade com as teclas bagunçadas do teclado já não é mais a mesma! Decoro falas e tento usá-las a meu favor. Como se eu não fosse mais capaz de falar por mim. Sinto falta de despejar palavras desordenadas, que ma atrapalham e me complicam a vida, mas que me deixam mais viva e tranquila por ter colocado tudo pra fora.

Esse era o meu maior trunfo. Essa era minha melhor saída. O meu mais seguro esconderijo. Era pra cá que eu fugia quando as coisas saiam do meu controle. Bastava digitar algumas palavras, inventar alguns cenários, destruir alguns medos, e pronto! Tudo ficava melhor.

As pessoas, daqui, parecem mais confiáveis. Os sonhos parecem mais possíveis. E as ilusões não passam de simples realidade. Ah, como é bom poder ser o autor da sua própria vida. Ter o poder de construir histórias. Aqui, eu era a protagonistas, sem receios ou insegurança. Tudo o que fazia tinha algum sentido, por menor que fosse! Do lugar mais feio, sempre soube tirar flores. Do amor mais difícil, eu sempre consegui dar risadas. E agora parece que a varinha mágica quebrou. As palavras se calaram e eu não consigo mais nada do silêncio. Deixei que meus medos tomassem conta de mim e os sentimentos bons não conseguissem ser nada mais além disso, sentimentos! Nada são eles, sem atitudes.

Agora, aquele frio na barriga me assusta. Aquilo que me faz cantar sem saber a letra me espanta e eu prefiro ficar quieta, em um canto onde tudo é igual, para mim e para os outros. Não é nenhum país das maravilhas, com coelho maluco e johnny depps charmosos. É só um mundo, que tem sentido, mas que nada me conta, nada me aponta. Eu quero sentir de novo o poder de sair do chão. Quero alcançar estrelas, quero tocar a lua e fazer poesia à luz do sol. Quero me sentir beijada pelo vento e ter minhas mãos tocadas pelas flores. Eu quero entender o que eu sinto, mesmo que eu não entenda nada. Quero escutar a música e deixar meu eu ir para onde eu nunca fui. Quero de novo fechar os olhos e sentir que tudo é muito maior do que parece. Eu quero saber explicar com palavras aquilo que todos acham que é possível apenas sentir. Quero provar que é diferente, quero viver diferente e quero sentir diferente! Quero o diferente. Não quero dar explicações pra teorias que pra mim fazem todo o sentido e não quero regras e mais regras. Não existe nenhuma lei pra vida e não existe caminho sem volta. Eu quero voltar a deixar meus dedos livres para me levarem aonde quero ir, mas ainda não consegui saber onde é!!

Talvez só falte um pouco mais de entrega. Descobrir meus limites e me dizer: você pode ultrapassá-los!! Eu sei que basta fechar os olhos, mas tenho medo de não enxergar nada e acabar me decepcionando, por descobrir que toda a magia acabou! Enquanto isso, eu continuo parada, perdendo um tempo que nem ao menos tenho!

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

A vida

Vida de jornalista não é fácil! É almoço que não existe, folga que não se tem, salário que sempre falta no final do mês. Correria, plantão, incompreesão. Tudo que contribui, e muito, para o cançaso quando chegamos em casa. Por isso que uma das lições da faculdade - aquela que toda disciplina tem que ter - é: se for casar, case-se com um jornalista! Ótimo!! Eu nem queria casar mesmo. Porque o que temos é uma redação lotada, com uma gritaria singular, um ótimo lugar para rir, eu até diria gargalhar! Mas não para paquerar.
É! Vida de jornalista realmente não é fácil. Escrevemos sobre o que quisermos, na hora que quisermos!! (rs) Nossa, que viagem.. Nem em sonho é verdade. Não importa se sabe ou não sobre o tema, seu dever é escrever, de preferência rápido! De preferência nada.. Muito rápido. Pressão psicológica que não deixa lugar para sentimentalismo barato ou paranoias femininas. A gente tem que ser macho.. Mas é claro que sem perder a feminilidade! Tudo muito complexa, mas maravilhosamente lindo. Um tiro no escuro que acaba dando certo! A maioria das pessoas que conheço encontraram o jornalismo como fuga de uma decepção em outras áreas, algo que não deu tão certo. Alguns, como eu, sonhavam em ser atores, brilhar nas telinhas de uma outra forma. Confesso que bem mais glamurosa. Outros queria ser jogadores de futebol, e viram no jornalismo esportivo algo que compensasse isso. Mas a profissão acaba encantando todo mundo. As noites não dormidas, os desaforos que levamos para casa e o estresse e não parar um segundo, mesmo quando não está no trabalho propriamente dito, tudo isso some. A gente não deixa de ser jornalista depois do espediente, nem quando estamos dormindo. Afinal, dependendo do sonho, dá pauta!
Vida de jornalista é difícil, mas é exatamente o que eu quero! Amo o que eu comecei a fazer, mesmo com os tropeços do caminho. E que venham anos e anos de muita correria, café e redação barulhenta!

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Eles

Se ele não gosta, não há porque discutir. Palavras quase sempre são erros e os erros, por sua vez, ficam por minha conta. Se ele enjoar, não há porque disfaçar. As conversas vão ficar para depois, pra quando ele mudar de ideia, quem sabe! Recomeços praticamente não existem e as ilusões tendem a ocupar minha cabeça, e nada mais! Se quiser, ele pode virar e ir embora. Não precisa olhar para trás. Mas sabemos que você vai ficar esperando um tchau ou só um olhar - um só - que lhe explique porque ele precisa ir sem se despedir.
Não podemos fazer escolhas que não são nossas, mesmo que elas mudem todo o curso da nossa vida. Querendo ou não, ele ainda interfere no curso da água. Sabendo ou não, ele ainda nos faz chorar de saudade. Por maldade ou por medo de que nós, simples mulheres, o impeçamos de seguir em frente.
Prepotência? Sim! Eu diria que com um toque de egoísmo e covardia. Mas ai da gente se ousarmos a insunar sua falta de maturidade. Mas, o caso é que sabemos, já estamos "carecas" de saber e ler nas revistas, as mulheres amadurecem mais rápido. Buscamos respostas e posições, por mais que para eles isso só signifique cobrança.
Sei lá! Talvez a gente ache que as coisas não tem que ser assim, tão descontroladas, tão mutáveis. Talvez queiramos ter as rédias da situação.
Em nenhum momento eu disse que eles têm o controle de tudo. Eles apenas fazem questão de mostrar que não existe nada a controlar. As coisas podem ser jogadas para o alto por qualquer uma das partes. A grande questão é quem o fará e como o fará. Escutar, pensar - em si e no outro -, pesar, repensar... Isso tudo é coisa demais e gasta um tempo desnecessário né! A cabeça masculina não consegue se concentrar por muito tempo. Ainda mais tendo que pensar em várias coisas, tudo no mesmo minuto! Complicado!! Mas compreensível. A gente, então, finge que entende e tenta atuar, dizer que tá tudo bem, que nada nunca nos abalou. A gente busca frieza onde não tem - só a dos potes de sorvete que a gente toma escondida, enquanto assiste, pela milionésima vez ghost -. Mas que "mané" culpa que nada!! Eles fingiram por tanto mais tempo. Porque eu não consigo acreditar que os sentimentos nasçam e morram com tanta rapidez. Tá, tá.. brequice e sentimentalismo barata, agora não! Afinal de contas, eu sou fria. A mulher gelo em pessoa.
E nesse jogo, que a gente finge nem saber que existe, as coisas continuam acontecendo. A vida não pode parar. E nós também não.. Quem sabe, de uma hora para outra, a gente acha a exceção.. As exceções, meninas, acreditem ou não. elas existem! E, como mamãe sempre fala, mais cedo ou mais tarde, aparece!!
Paciência!! Virtude que a gente aprende a praticar - ou fingir, né, monas?! - quando não já nascemos com ela

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Opinão com excesso de confusão

Não tenho, não tive e acho que nunca terei. O pior é sentirmos falta daquilo que nunca tivemos. O lábio que nunca tocamos, as palavras que nunca pronunciamos, o olhar que nunca foi trocado, sempre foi solto no ar, sem receber retorno. O triste é percebermos que paramos no mundo, apreciando coisas alheias. É não conseguir enxergar que nos acomodamos a observar situações que nunca farão parte de nossas vidas, almejando coisas e esperando que elas cheguem para colocarmos o pé na estrada e, finalmente, começarmos a viver. O maior erro é esse! É não perceber que a nossa vida é essa! Ela já começou, e não teremos prorrogação no final das coisas. O que temos é isso aqui e se não pararmos para procurar a felicidade dentro de nossas possibilidade talvez nunca a entremos. Talvez seja triste ou, quem sabe, um simples comodismo, dessa vez da minha parte. Talvez eu não tenha mais a mesma paciência de antes. Não acho que tenha mais tempo de esperar respostas para um sorriso, para um olhar ou para um sentimento que eu escolhi alimentar sozinha. Mesmo que não tenham me dado esperança ou um pouco de segurança. Mas os meus sonhos são só meus. Minhas culpas são minhas e o julgamento não cabe a mais ninguém! Eu sei que o que digo não precisa ser e, talvez, nem sirva de conselho para ninguém. Meus dedos nervosos agem com mais rapidez que meu cerébro desconcertado! São coisas que sinto agora, mas que daqui a um segundo podem ser algo absurdo para mim. A verdade é que mudo de opinião mais do que troco de roupa. Mas não me arrependo, na verdade até agradeço. É sinal que tenho algo a mudar. Uma opinião pensada, repensada, mas que pode cair, com o modernismo das coisas. O que não posso é deixar que ideias alheias me façam ir para o caminho errado ou me parem no meio da estrada. Se não temos que desejamos ter, ao menos podemos tentar ser o que queremos ser. Não precisamos de ninguém para ir à luta, mas não precisamos continuar em lutas que já percebemos que não tem como ganhar. O negócio é ir em frente. Se for para ser, será! A verdade, sabe qual é?! Eu sempre achei esse papo de deixar rolar, uma desculpa para não ir atrás do que queremos. Mas, me explica, como podemos correr atrás de algo que insiste em fugir de nós?! Acho que não vale a pena, quem dirá a galinha - no caso o galo - (sem graça, concordo!)...
Mas é isso. A opinião da vez é essa. Mas prometo que se ela mudar eu venho aqui avisar. Até se for daqui a pouco, depois que eu sair do banho.
"A chuva continua molhando, a neve ainda é gelada e o fogo ainda queima, mesmo assim, tudo mudou."

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

"Por que não eu?"

Não quero assustar ninguém. Talvez minhas palavras desequilibradas sejam mais do que você está preparado para encarar. Não quero mentir, nem, tão pouco, falar a verdade. Criei minha própria zona de proteção, onde eu decido o que entra e sai de dentro de mim. Não quero falar demais, mas tenho medo de calar mais que o necessário. São escolhas que finjo ter me preparado para enfrentar. Um dia a mais ou um dia a menos podem não parecer fazer diferença em um mundo onde tudo parece ser tudo igual. Mas, já faz um tempo, aprendi que cada passo é importante e me leva a algum lugar. Cada segundo um novo aprendizado, nem que seja uma nova maneira de lídar com os erros mais antigos. Não tento acertar em tudo, mas eu queria encontrar a paz que preciso para buscar errar menos. Eu jogo minhas palavras ao vento com a esperança que elas te digam alguma coisa, pois a mim não dizem mais nada. Todo mundo já previu meus blefes e descobriram minhas cartas. Em um jogo onde tudo é jogado fora a toda hora por não se saber jogar. Não existe nenhuma regra nova, além daquelas que nós mesmos decidimos criar. Você escolhe o curso do rio, você decide o que cada um vai levar de você. Seja por omissão ou por coragem de se falar aquilo que ainda nem se tem certeza. A dificuldade está em perceber que Um é sim mais que Dois. Eu queria gritar, mas minha voz não alcançaria nem o outro lado da rua. Eu queria correr, mas minhas pernas me prendem a um mundo que eu não tenho mais paciência pra desvendar. Meus olhos vêem as mesmas coisas de um ano atrás. Por mais que os personagens mudem, a história é a mesma, com trilha sonora e lenço no final das contas. Pensar fica cada vez mais complicado e se torna cada vez mais descartável. Não me peça para voltar atrás e apagar tudo o que eu escutei você contar nas entrelinhas. Seu silêncio me disse tudo o que eu precisava ouvir, mas que eu não podia escutar. Uma coisa boa que toma conta de cada parte do meu corpo e me faz dançar conforme a música, mas quando eu abro os olhos eu vejo que sou a única a ocupar a pista. A gente se engana e se enganando acaba achando a verdade. Mas o que não percebemos é que tudo é muito mais relativo que um simples abraço ou um beijo no rosto.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Tem que fazer sentido

Acontece que é sempre assim. A gente briga, mas logo, logo fica de bem de mim.
São brigas que quase nunca têm uma razão, coisas que a explicação só cabe mesmo ao coração. Um dia dá birra, no outro corre e me pede carinho. Esquece que eu também me sinto um pouco sozinho.
E essa sua ideia, de discutir e não voltar atrás. A gente briga, briga e depois nem lembra mais.
São coisas meio difíceis de se entender, ainda mais se para explicar me falta alguém assim, como você.
Decisão, simplesmente, não é o seu ponto forte. Logo você com todo esse porte!!
Mas deixa isso pra lá, afinal que é que ia querer me namorar? Se dou um passo pra frente você quer logo recuar.
Mas é que tem tanta gente querendo me namorar, às vezes fica chato se eu comentar.
Uma coisa pode ser um milhão de coisas mais. Tudo vai depender do ponto de vista do: Até mais!