Não quero assustar ninguém. Talvez minhas palavras desequilibradas sejam mais do que você está preparado para encarar. Não quero mentir, nem, tão pouco, falar a verdade. Criei minha própria zona de proteção, onde eu decido o que entra e sai de dentro de mim. Não quero falar demais, mas tenho medo de calar mais que o necessário. São escolhas que finjo ter me preparado para enfrentar. Um dia a mais ou um dia a menos podem não parecer fazer diferença em um mundo onde tudo parece ser tudo igual. Mas, já faz um tempo, aprendi que cada passo é importante e me leva a algum lugar. Cada segundo um novo aprendizado, nem que seja uma nova maneira de lídar com os erros mais antigos. Não tento acertar em tudo, mas eu queria encontrar a paz que preciso para buscar errar menos. Eu jogo minhas palavras ao vento com a esperança que elas te digam alguma coisa, pois a mim não dizem mais nada. Todo mundo já previu meus blefes e descobriram minhas cartas. Em um jogo onde tudo é jogado fora a toda hora por não se saber jogar. Não existe nenhuma regra nova, além daquelas que nós mesmos decidimos criar. Você escolhe o curso do rio, você decide o que cada um vai levar de você. Seja por omissão ou por coragem de se falar aquilo que ainda nem se tem certeza. A dificuldade está em perceber que Um é sim mais que Dois. Eu queria gritar, mas minha voz não alcançaria nem o outro lado da rua. Eu queria correr, mas minhas pernas me prendem a um mundo que eu não tenho mais paciência pra desvendar. Meus olhos vêem as mesmas coisas de um ano atrás. Por mais que os personagens mudem, a história é a mesma, com trilha sonora e lenço no final das contas. Pensar fica cada vez mais complicado e se torna cada vez mais descartável. Não me peça para voltar atrás e apagar tudo o que eu escutei você contar nas entrelinhas. Seu silêncio me disse tudo o que eu precisava ouvir, mas que eu não podia escutar. Uma coisa boa que toma conta de cada parte do meu corpo e me faz dançar conforme a música, mas quando eu abro os olhos eu vejo que sou a única a ocupar a pista. A gente se engana e se enganando acaba achando a verdade. Mas o que não percebemos é que tudo é muito mais relativo que um simples abraço ou um beijo no rosto.
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
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