Sempre gostei de sair, nem que fosse pra ir ao shopping e logo voltar. Certa vez sem ter muitas opções do que fazer, pois a grana tava curta, decidi ligar para três primas com quem tenho muito contato, muitas afinidades. Tudo o que vamos fazer até hoje é junto e naquela ocasião não podia ser diferente. Peguei o telefone e combinei tudo, decidimos ir ao Taguatinga Shopping que fica perto da casa de todas. Encontramos-nos lá por volta das 4h da tarde e depois de caminharmos e visitarmos todas as lojas decidimos parar para tomar um milk-shake em um quiosque que gostamos bastante. Enquanto colocávamos em dia todas as fofocas de adolescentes escutamos um estrondo forte que vinha do outro lado da praça de alimentação. Em questão de segundos vejo todos vindo em nossa direção. Meninas gritando e perdendo o sapato pelo caminho, mães puxando as crianças que estavam caídas no chão, pessoas sendo pisoteadas e nós olhando aquilo tudo com um olhar meio confuso. Até que eu sinto alguém puxando minha mão e me dizendo que a gente precisa sair dali, mas eu não conseguia expressar nada. Eu ficava parada, apenas observando tudo o que se passava ao meu redor. Até que todo aquele desespero toma conta de mim também e sem me preocupar com mais nada saio correndo rumo ao estacionamento do shopping, e esqueci a minha bolsa, com todos os meus pertences em cima da mesa, e o mais importante, meu ovomaltine que eu tinha acabado de começar a beber. Lá, do lado de fora, achamos um guarda que fazia a segurança do local, como verdadeiras loucas, gritamos ele e imploramos pra ele entrar lá e ver o que estava acontecendo.
- Tem um homem atirando lá dentro moço! Entra lá. Falou minha prima mais velha, com um tom desesperado.
- Eu? Eu vou fingir que nem passei aqui. Vai que é isso mesmo que estão me falando? Eu não tenho nada pra fazer.
O barulho e inquietação do povo parecia ter diminuído, mas a coragem de entrar e ver o que realmente aconteceu ainda não tinha invadido ninguém. Depois de muitas especulações e algumas discussões decidimos andar, mas só até à porta, só ver e voltar novamente pro nosso esconderijo. Ao chegarmos lá, vimos todos sentados, parecia que nada tinha acontecido, era como se estivéssemos em uma daqueles sonhos malucos que só acontecem nos filmes. Entramos novamente no shopping, decidimos que só encontraríamos a bolsa e voltaríamos para a casa, para o conforto e segurança da nossa casa. Mas a bolsa não estava mais na mesa e muito menos o meu ovomaltine. A mulher que agora ocupava o lugar disse que um casal tinha saído com a bolsa para ver se encontrava a dona, no caso eu. Rodamos o shopping inteiro atrás de um casal que usava blusas vermelhas. Incomum não?! Mas depois de toda a busca, nenhum resultado, até que o telefone da minha prima toca. Do outro lado da linha, minha avó gritava. Minha prima sem pensar duas vezes passou o telefone para mim e apenas pronunciou: - É pra você, com certeza! Quando peguei o celular só conseguia escutar as palavras como lerda, tonta, coisas assim. Por fim ela disse que uma moça havia ligado lá em casa e tinha dito que me esperava na fila do cinema para entregar a minha bolsa. Eu fui ao encontro do casal de vermelho e lá estava minha bolsa com todos os meus pertences. E assim terminou o nosso passeio de índio, em grandes gargalhadas e uma enorme felicidade por ver que ainda existem pessoas honestas no mundo.
- Tem um homem atirando lá dentro moço! Entra lá. Falou minha prima mais velha, com um tom desesperado.
- Eu? Eu vou fingir que nem passei aqui. Vai que é isso mesmo que estão me falando? Eu não tenho nada pra fazer.
O barulho e inquietação do povo parecia ter diminuído, mas a coragem de entrar e ver o que realmente aconteceu ainda não tinha invadido ninguém. Depois de muitas especulações e algumas discussões decidimos andar, mas só até à porta, só ver e voltar novamente pro nosso esconderijo. Ao chegarmos lá, vimos todos sentados, parecia que nada tinha acontecido, era como se estivéssemos em uma daqueles sonhos malucos que só acontecem nos filmes. Entramos novamente no shopping, decidimos que só encontraríamos a bolsa e voltaríamos para a casa, para o conforto e segurança da nossa casa. Mas a bolsa não estava mais na mesa e muito menos o meu ovomaltine. A mulher que agora ocupava o lugar disse que um casal tinha saído com a bolsa para ver se encontrava a dona, no caso eu. Rodamos o shopping inteiro atrás de um casal que usava blusas vermelhas. Incomum não?! Mas depois de toda a busca, nenhum resultado, até que o telefone da minha prima toca. Do outro lado da linha, minha avó gritava. Minha prima sem pensar duas vezes passou o telefone para mim e apenas pronunciou: - É pra você, com certeza! Quando peguei o celular só conseguia escutar as palavras como lerda, tonta, coisas assim. Por fim ela disse que uma moça havia ligado lá em casa e tinha dito que me esperava na fila do cinema para entregar a minha bolsa. Eu fui ao encontro do casal de vermelho e lá estava minha bolsa com todos os meus pertences. E assim terminou o nosso passeio de índio, em grandes gargalhadas e uma enorme felicidade por ver que ainda existem pessoas honestas no mundo.
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