quinta-feira, 29 de maio de 2008

A primeira vez a gente nunca esquece

Ainda lembro que aquela situação muito me constrangeu, não sabia como fazer, não entendia qual seria a reação da pessoa, e o pior, as palavras quase não saiam. Mas depois que fiz a primeira pergunta, a entrevista ficou mais tranqüila. Foi um trabalho da minha aula de comunicação integrada. Uma matéria que cursei ainda no primeiro semestre. Eu ainda não estava bem certa se aquele seria mesmo a profissão que iria seguir, não compreendia se ela seria a certa para mim. A professora pediu para que cada grupo, com cerca de três alunos, criassem um empreendimento, no final do semestre teríamos que apresentar a ela como isso seria. Eu e mais uma colega decidimos criar um site jornalístico, essa página traria informações, reportagens e dicas sobre pessoas com deficiências. No site trabalharíamos com a inclusão dessas pessoas em meios de comunicação. Eu e Keka, minha companheira de trabalho, teríamos, então, que apresentar para a professora uma primeira edição de nosso site. Decidimos dividir as tarefas e ela, como tem bastante conhecimento sobre o assunto, me passou alguns contatos que eu deveria entrevistar para fazermos matérias para o site. A primeira pessoa foi uma das coordenadoras de um instituto, bem conhecido nacionalmente, que faz trabalhos com crianças com deficiências. Eu fiquei muita apreensiva, fiquei com medo da reação da entrevistada, não sabia se ela me trataria bem ou se acharia minhas perguntas coisas sem noção. Mas foi tudo contra minhas expectativas, Ana foi uma pessoa muito gentil e insistiu que se eu precisasse de algo mais poderia procurá-la sem nenhuma preocupação. Ainda hoje quando vejo nas novelas o nome da instituição falo para todos sobre a minha entrevista com a coordenadora.

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