Desde os doze anos sempre fiz parte de um grupo da igreja. Fazia apresentações de dança junto com algumas primas e vizinhas, minha mãe, sempre bastante católica, coordenava o grupo. Lembro-me de uma vez em que fomos chamadas para dançar em um evento com grande visibilidade, um evento que acontece todos os anos e reúne um número importante de pessoas. Nós, super empolgadas, aceitamos o convite e como em todas as apresentações ensaiamos muito. Os ensaios ás vezes geravam brigas, coisas normais de adolescentes, o importante é que nos concentrávamos e fazíamos de tudo, sempre, para não titubear em nenhuma parte da coreografia. Mas não contávamos com a possibilidade do aparelho do som, de repente, sei lá, pifar. Exatamente, o som parou sem nem ao menos começar a letra da música. E enquanto todas rodopiavam no gramado, o silêncio tomou conta do estádio, mas o público quebrou o instante e começou a soltar altas gargalhadas e piadas sobre o que tinha acontecido. Comentários como: - Ai que vexa coitadas! Foram inevitáveis. Naquele instante a única coisa que eu podia ver eram minha companheiras cobrir os rostos e balançarem insistentemente a cabeça de um lado para o outro. E nossa primeira grande apresentação terminou, ou melhor, nem começou, e logo todas do grupo foram às lágrimas. Mas algo inesperado acontece, o radinho velho que tentava passar o cd da apresentação começa a pular, mas logo qualquer tentativa de transmissão vai pelos ares e a única reação que se tem no gramado é abandonar o palco e correr para o vestuário. Naquele momento juramos nunca mais aparecer naquele ambiente novamente, mas quem disse que isso aconteceu?! Esse foi o primeiro, de muitos outros “micos” que passamos naquele grupo, que hoje deixa saudades.
sábado, 17 de maio de 2008
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