quarta-feira, 4 de junho de 2008

Blá blá blá

Ele chega te olha com aqueles olhinhos de cão que caiu da mudança, você, sem saber o que pensar, aceita conversar. Então ele começa com historinhas do tipo “nunca me senti como me sinto com você”, “te amo” e blá blá blá, não sei se por um instinto, sem vergonha, que nos acompanha desde o berço, você perdoa. Ele parece tão sincero, não mentiria tão bem assim, e logo pra você. Pra quê, né? Passa um, passam dois, podem passar até três dias, mas ele repete e a desculpa agora ganha até frases novas, como aquelas que dizem “ eu percebi o meu erro, não o cometeria de novo” “ eu achei minha burrice”, pois bem, eu já tinha a achado um pouco antes, mas as velhas frases continuam, talvez ele queira incrementar as coisas, e você é obrigada a ouvir de novo “ te amo”. Não sei por que essa frase significa tanto, para pessoas com uma sensibilidade, assim tão.. feminina, essa seria a palavra. Então tal sentimento nos faz acreditar, ele disse que aprendeu, por que mentiria? E logo pra você! Mas quem faz uma, faz duas, três, quatro vezes, e não se dá por satisfeito. Ele sabe que no final dá a volta, e você sempre acredita em suas mentiras deslavadas.
É, eu ainda não sei qual é o motivo, mas talvez sejam os hormônios os verdadeiros culpados por dificuldades da vida feminina. Mas, felizmente, tais coisinhas, os hormônios, nos deram um dom, a discrição e, acreditem meninos, com ela fazemos milagres que, definitivamente, vocês desconhecem. Talvez, por isso, não precisamos usar tantas desculpas, chatas, que só nos dão sono.

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