Agora, me pergunto aonde basearei os meus próximos passos. Tenho alguns minutos, antes que o sol nasça e deixe apagado o brilho de quem ainda me fazia companhia. Até que tudo volte a um normal que eu pintava de uma maneira distorcida e rabiscada, tenho algum tempo. Preciso decidir que sapato usar e me lembrar se ainda tenho alguma roupa limpa. Foram horas observando estrelas e discutindo estórias engraçadas, foram planos traçados, abandonados, repensados e deixados de lado, por mais de uma vez. Depois disso, não tinha tempo pra quase mais nada. Foram promessas que eu não pretendia cumprir, lembranças que conseguiram me alcançar e sonhos que me mantiveram acordada. Vi, de longe, a lua mudar de cor, enquanto eu me ajeita para apreciá-la. Corri, caminhei, chorei, pulei. Tudo, sem sair do lugar. Eu tive um milhão de desejos, me apaixonei umas cem vezes, até que escutei baixinho um som me trazer de volta. E, enquanto escovo os dentes, ainda penso na noite que tive, sozinha, sentada na janela, observando a lua. Ela foi minha conselheira, minha amiga por algumas horas.
Às vezes, o mundo parece parar de girar um pouquinho, para que, de alguma forma, tenhamos chance de entendê-lo. Pensamos e fazemos tantas coisas, que se não as colocamos em ordem, acabamos esquecendo quem estamos sendo.
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