quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Bom dia! Boa tarde! Boa noite!

Nunca entendi a necessidade que algumas pessoas têm de se intrometer, constantemente, na vida do outro. “Foi ao salão?”, “Acordou tarde?”, “Deu comida pro peixe?” “Não ama mais o marido?” Coisas que deveríamos responder sozinhas e que muitas vezes nem precisam ter uma resposta. E acabamos envolvendo gente demais em coisas tão particulares. Daí, quando tudo dá errado, temos que nos desculpar com um milhão de pessoas, depois de conseguir nos perdoar. São contas que não precisamos prestar, mas que por simples comodismo, automaticamente, respondemos. Sem nem ao menos nos ligar à veracidade dos fatos. “Gosto!”, “Não gosto mais!”, mas a verdade é que nunca gostei. Não temos o direito de sentir e agir como queremos agir. Não podemos gostar do que nem escolhemos gostar, mas gostamos. Não podemos deixar de gostar de algo, que querem que gostemos pra sempre. A confusão ultrapassa as palavras. Procuram motivos demais, em um lugar onde tudo o que deveria importar é se encontramos ou não o pote de ouro do final do arco-íris. A maneira não importa. Se meu gosto é igual ao seu, não quer dizer que eu imite você. Se durmo até 11h não quer dizer que sou preguiçosa. E nem sempre que tiro nota baixa é porque meu nível de burrice aumentou. Podíamos apenas deixar os rótulos de lado e colocar em seu lugar a simpatia que diariamente esquecemos na gaveta do armário de casa. “Bom dia!”, “Boa tarde!” e “Boa noite!” parecem ser muito menos agressivos e soam muito melhor.

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