Eu, às vezes, erro. Em outras, dou uma dentro. O ser humano é assim: vive de erros e acertos. Tropeços e momentos que mais se assemelham com grandes vôos. E são esses momentos – que parecem tirar meu pé do chão – que me levam além. Além de mim, do que acho que sinto, do que penso que sou. Como se minha cabeça, por alguns instantes, pensasse como cabeça de poeta, que se deslumbra com a gota do orvalho e declara amor às formas do vento. Ainda não descobri o que me leva a pensar assim. Talvez seja o poder que eu, sem perceber, encarrego ao mundo, sobre a minha própria vida. Como se eu vivesse para os outros e não para mim. São nos momentos em que enxergo algo além do que vejo no espelho que consigo explicar meus 1 metro e 60 de altura. É quando não reparo em meus lábios, que vejo o quanto minha boca revela o que aprendo, o que penso, o que não me deixa satisfeita. E eu bem que queria viver de momentos assim. No entanto, sinto não ser possível. É cansativo demais lutar contra um mundo e mais desgastante ainda lutar com quem você acha que é.
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário