Era dia. O sol forte me impedia de enxergar o horizonte. Mantive meus olhos para baixo, observando a ponta dos sapatos empoeirados. Quem passava por mim não conseguia perceber meu rosto, minha agonia por aquela repentina cegueira. Quem me cumprimentava não entendia porque nunca o olhava nos olhos. Passei anos assim: sem coragem de levantar a cabeça, com medo de ir adiante e, sem querer, dar de cara com um tronco. Nunca me toquei de quantas pessoas eu perdi pelo caminho, em quantas vidas eu não pude me inspirar. Em todo esse tempo, não tive noção de que, aos poucos, parte de mim ia embora. Não passei nada adiante, não experimentei nada novo. Nos esbarrões que dei pelo caminho, ouvi apenas palavrões, frases torpes.
Resolvi levantar a cabeça, olhar para frente e enfrentar a luz que vem em minha direção. Quando preciso, fecho os olhos por alguns instantes, mas sem perder o foco. Hoje, eu falo e escuto, doou e recebo algo que não fazia idéia que existia. Em cada relação que estabeleço, encontro pedaços de mim que ainda não conhecia.
Resolvi levantar a cabeça, olhar para frente e enfrentar a luz que vem em minha direção. Quando preciso, fecho os olhos por alguns instantes, mas sem perder o foco. Hoje, eu falo e escuto, doou e recebo algo que não fazia idéia que existia. Em cada relação que estabeleço, encontro pedaços de mim que ainda não conhecia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário