quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Estórias que o povo conta

De uma hora pra outra fui convidada a perceber a contradição que a palavra tempo causa na minha vida! De uma hora pra outra, entendi que 5 minutos passam voando, e que às vezes eu daria qualquer coisa por mais 5 minutos de alguma coisa. Em cinco minutos durmo horrores, em cinco minutos perco o ônibus de volta pra casa. E 5 minutos no engarrafamento me deixam maluca.
De uma hora pra outra entendi que ter responsabilidades não te obriga a ser responsável. Vejo gente bem sucedida atender ao telefone e mentir que a reunião começa daqui a pouco menos que 15 minutos. Percebi que votei em quem não se preocupa com o que eu preciso e que mesmo assim continua ocupando seu cargo importante no senado.
De uma hora pra outra eu entendi, aprendi e, infelizmente, vi que as pessoas mentem com uma facilidade tremenda. Percebi mais gente fingindo ser o que não é do que conheci pessoas que valessem a pena. Mas dessa vez, acabei me confundindo ainda mais. Porque nunca consegui entender porque é mais fácil criar uma imagem de si mesmo, uma imagem irreal, do que mostrar ao mundo o que não é. Já me fizeram acreditar que todos os meus sorrisos eram sim entregues para a pessoa certa. Já me arrependi por não ter tentado um pouco mais. Mas no final das contas acabei me julgando a mais tonta de toda a história, por não ter percebido que eu sempre virei meus sorrisos para o lado errado e que eu jamais poderia ter perdido meu tempo pensando em correr atrás de algo que não merece ser encontrado. As pessoas mentem com a mesma facilidade que piscam, ou respiram. E isso me dá medo. Será quando vou aprender a diferenciar as pessoas verdadeiras das falsas? Será quando vou saber sorrir pro lado certo? E quando é que eu não vou me arrepender por ter sido tão permissiva com meus sentimentos? Talvez a culpa nem seja minha, ou talvez seja toda minha. O papel de boba que criei se tornou real demais, e hoje eu o vivo como se ele fosse eu.

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