quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Elas...


Já parou para pensar por quantas pessoas você se jogaria na frente de um carro em movimento? E quantas pessoas fariam isso por você? É tão bom ter a certeza de que fariam. Mesmo que isso, é claro, nunca aconteça.

Eu passei anos sem ter um irmão de sangue (até que veio o Fernandinho. Mas, ele é assunto para outro dia). Quando eu era mais nova, costumava pedir isso como presente de natal, aniversário, dia das crianças... Mas só fiz isso até perceber que eu sempre tive irmãos. Tive os melhores.

As feições eram diferentes. Olhos  verdes; cabelos loiros, ruivos; e a pele mais branca que a neve. Quando contava, ninguém acreditava. Mas, quem disse que eu ligava?

Nossas brincadeiras eram as melhores. As brigas em frente à TV, as discussões por conta das novelas infantis. Os shows que montávamos no quintal, os varais que arrancávamos da varanda.

A briga de uma costuma ser a briga de todas. A raiva dos ex namorados, a implicância com desafetos que nem são nosso. Ou pelo menos não eram. A infância é o nosso laço mais forte. Nossos segredos são nossos e de mais ninguém. Somos cúmplices, primas, irmãs, sócias... Costumo dizer que elas são metade de mim.  


quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Ele me inspira...


Quando alguém traduz seu coração mesmo sem te conhecer.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Meu caminho de volta

Há pouco tempo, me perguntei porque eu não escrevia mais. Passei meses, quiçá anos, repetindo para o reflexo no espelho: - Aonde deixei minha inspiração? Bom, a resposta não deve ser muito simples, pois essa pergunta nunca teve solução. Às vezes penso ter encontrado resquícios dela, mas me decepciono depois de ler as primeiras linhas de meus últimos textos. 
No entanto, mesmo não encontrando a tal inspiração, mesmo não tendo a menor de ideia de onde procurá-la, sinto que sei COMO. Sei como a perdi. Não sei como alcançá-la, mas me recordo do ponto onde a deixei ir embora. Foi entre um amor e outro. Entre risos bobos, lágrimas descontroladas. Soluços compulsivos que tinham nenhuma pretensão de esconder o que o verdadeiro sentimento faz questão de mostrar. A inspiração ficou presa à letras borradas, a músicas que pareciam ter sido compostas por mim, para um momento único e nada mais. Ficou em olhares que não vejo mais, em vozes que a algum tempo se perderam em minha mente. Ficou em trejeitos, gestos, trajetos. Em apelidos, carícias, palavras que algum tempo evito pronunciar. Junto a ela, deixei também pedaços importantes de mim. Meus gostos, desgostos, vontades, saudades. Deixei lembranças, memórias de um tempo bom, que infelizmente já foi. 
Tranquei tudo isso em uma caixa pequena, que de propósito deixei sumir. Agora, sinto que preciso encontrá-la, mas não faço ideia de onde posso começar a procurar.