quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

A vida

Vida de jornalista não é fácil! É almoço que não existe, folga que não se tem, salário que sempre falta no final do mês. Correria, plantão, incompreesão. Tudo que contribui, e muito, para o cançaso quando chegamos em casa. Por isso que uma das lições da faculdade - aquela que toda disciplina tem que ter - é: se for casar, case-se com um jornalista! Ótimo!! Eu nem queria casar mesmo. Porque o que temos é uma redação lotada, com uma gritaria singular, um ótimo lugar para rir, eu até diria gargalhar! Mas não para paquerar.
É! Vida de jornalista realmente não é fácil. Escrevemos sobre o que quisermos, na hora que quisermos!! (rs) Nossa, que viagem.. Nem em sonho é verdade. Não importa se sabe ou não sobre o tema, seu dever é escrever, de preferência rápido! De preferência nada.. Muito rápido. Pressão psicológica que não deixa lugar para sentimentalismo barato ou paranoias femininas. A gente tem que ser macho.. Mas é claro que sem perder a feminilidade! Tudo muito complexa, mas maravilhosamente lindo. Um tiro no escuro que acaba dando certo! A maioria das pessoas que conheço encontraram o jornalismo como fuga de uma decepção em outras áreas, algo que não deu tão certo. Alguns, como eu, sonhavam em ser atores, brilhar nas telinhas de uma outra forma. Confesso que bem mais glamurosa. Outros queria ser jogadores de futebol, e viram no jornalismo esportivo algo que compensasse isso. Mas a profissão acaba encantando todo mundo. As noites não dormidas, os desaforos que levamos para casa e o estresse e não parar um segundo, mesmo quando não está no trabalho propriamente dito, tudo isso some. A gente não deixa de ser jornalista depois do espediente, nem quando estamos dormindo. Afinal, dependendo do sonho, dá pauta!
Vida de jornalista é difícil, mas é exatamente o que eu quero! Amo o que eu comecei a fazer, mesmo com os tropeços do caminho. E que venham anos e anos de muita correria, café e redação barulhenta!

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Eles

Se ele não gosta, não há porque discutir. Palavras quase sempre são erros e os erros, por sua vez, ficam por minha conta. Se ele enjoar, não há porque disfaçar. As conversas vão ficar para depois, pra quando ele mudar de ideia, quem sabe! Recomeços praticamente não existem e as ilusões tendem a ocupar minha cabeça, e nada mais! Se quiser, ele pode virar e ir embora. Não precisa olhar para trás. Mas sabemos que você vai ficar esperando um tchau ou só um olhar - um só - que lhe explique porque ele precisa ir sem se despedir.
Não podemos fazer escolhas que não são nossas, mesmo que elas mudem todo o curso da nossa vida. Querendo ou não, ele ainda interfere no curso da água. Sabendo ou não, ele ainda nos faz chorar de saudade. Por maldade ou por medo de que nós, simples mulheres, o impeçamos de seguir em frente.
Prepotência? Sim! Eu diria que com um toque de egoísmo e covardia. Mas ai da gente se ousarmos a insunar sua falta de maturidade. Mas, o caso é que sabemos, já estamos "carecas" de saber e ler nas revistas, as mulheres amadurecem mais rápido. Buscamos respostas e posições, por mais que para eles isso só signifique cobrança.
Sei lá! Talvez a gente ache que as coisas não tem que ser assim, tão descontroladas, tão mutáveis. Talvez queiramos ter as rédias da situação.
Em nenhum momento eu disse que eles têm o controle de tudo. Eles apenas fazem questão de mostrar que não existe nada a controlar. As coisas podem ser jogadas para o alto por qualquer uma das partes. A grande questão é quem o fará e como o fará. Escutar, pensar - em si e no outro -, pesar, repensar... Isso tudo é coisa demais e gasta um tempo desnecessário né! A cabeça masculina não consegue se concentrar por muito tempo. Ainda mais tendo que pensar em várias coisas, tudo no mesmo minuto! Complicado!! Mas compreensível. A gente, então, finge que entende e tenta atuar, dizer que tá tudo bem, que nada nunca nos abalou. A gente busca frieza onde não tem - só a dos potes de sorvete que a gente toma escondida, enquanto assiste, pela milionésima vez ghost -. Mas que "mané" culpa que nada!! Eles fingiram por tanto mais tempo. Porque eu não consigo acreditar que os sentimentos nasçam e morram com tanta rapidez. Tá, tá.. brequice e sentimentalismo barata, agora não! Afinal de contas, eu sou fria. A mulher gelo em pessoa.
E nesse jogo, que a gente finge nem saber que existe, as coisas continuam acontecendo. A vida não pode parar. E nós também não.. Quem sabe, de uma hora para outra, a gente acha a exceção.. As exceções, meninas, acreditem ou não. elas existem! E, como mamãe sempre fala, mais cedo ou mais tarde, aparece!!
Paciência!! Virtude que a gente aprende a praticar - ou fingir, né, monas?! - quando não já nascemos com ela

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Opinão com excesso de confusão

Não tenho, não tive e acho que nunca terei. O pior é sentirmos falta daquilo que nunca tivemos. O lábio que nunca tocamos, as palavras que nunca pronunciamos, o olhar que nunca foi trocado, sempre foi solto no ar, sem receber retorno. O triste é percebermos que paramos no mundo, apreciando coisas alheias. É não conseguir enxergar que nos acomodamos a observar situações que nunca farão parte de nossas vidas, almejando coisas e esperando que elas cheguem para colocarmos o pé na estrada e, finalmente, começarmos a viver. O maior erro é esse! É não perceber que a nossa vida é essa! Ela já começou, e não teremos prorrogação no final das coisas. O que temos é isso aqui e se não pararmos para procurar a felicidade dentro de nossas possibilidade talvez nunca a entremos. Talvez seja triste ou, quem sabe, um simples comodismo, dessa vez da minha parte. Talvez eu não tenha mais a mesma paciência de antes. Não acho que tenha mais tempo de esperar respostas para um sorriso, para um olhar ou para um sentimento que eu escolhi alimentar sozinha. Mesmo que não tenham me dado esperança ou um pouco de segurança. Mas os meus sonhos são só meus. Minhas culpas são minhas e o julgamento não cabe a mais ninguém! Eu sei que o que digo não precisa ser e, talvez, nem sirva de conselho para ninguém. Meus dedos nervosos agem com mais rapidez que meu cerébro desconcertado! São coisas que sinto agora, mas que daqui a um segundo podem ser algo absurdo para mim. A verdade é que mudo de opinião mais do que troco de roupa. Mas não me arrependo, na verdade até agradeço. É sinal que tenho algo a mudar. Uma opinião pensada, repensada, mas que pode cair, com o modernismo das coisas. O que não posso é deixar que ideias alheias me façam ir para o caminho errado ou me parem no meio da estrada. Se não temos que desejamos ter, ao menos podemos tentar ser o que queremos ser. Não precisamos de ninguém para ir à luta, mas não precisamos continuar em lutas que já percebemos que não tem como ganhar. O negócio é ir em frente. Se for para ser, será! A verdade, sabe qual é?! Eu sempre achei esse papo de deixar rolar, uma desculpa para não ir atrás do que queremos. Mas, me explica, como podemos correr atrás de algo que insiste em fugir de nós?! Acho que não vale a pena, quem dirá a galinha - no caso o galo - (sem graça, concordo!)...
Mas é isso. A opinião da vez é essa. Mas prometo que se ela mudar eu venho aqui avisar. Até se for daqui a pouco, depois que eu sair do banho.
"A chuva continua molhando, a neve ainda é gelada e o fogo ainda queima, mesmo assim, tudo mudou."

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

"Por que não eu?"

Não quero assustar ninguém. Talvez minhas palavras desequilibradas sejam mais do que você está preparado para encarar. Não quero mentir, nem, tão pouco, falar a verdade. Criei minha própria zona de proteção, onde eu decido o que entra e sai de dentro de mim. Não quero falar demais, mas tenho medo de calar mais que o necessário. São escolhas que finjo ter me preparado para enfrentar. Um dia a mais ou um dia a menos podem não parecer fazer diferença em um mundo onde tudo parece ser tudo igual. Mas, já faz um tempo, aprendi que cada passo é importante e me leva a algum lugar. Cada segundo um novo aprendizado, nem que seja uma nova maneira de lídar com os erros mais antigos. Não tento acertar em tudo, mas eu queria encontrar a paz que preciso para buscar errar menos. Eu jogo minhas palavras ao vento com a esperança que elas te digam alguma coisa, pois a mim não dizem mais nada. Todo mundo já previu meus blefes e descobriram minhas cartas. Em um jogo onde tudo é jogado fora a toda hora por não se saber jogar. Não existe nenhuma regra nova, além daquelas que nós mesmos decidimos criar. Você escolhe o curso do rio, você decide o que cada um vai levar de você. Seja por omissão ou por coragem de se falar aquilo que ainda nem se tem certeza. A dificuldade está em perceber que Um é sim mais que Dois. Eu queria gritar, mas minha voz não alcançaria nem o outro lado da rua. Eu queria correr, mas minhas pernas me prendem a um mundo que eu não tenho mais paciência pra desvendar. Meus olhos vêem as mesmas coisas de um ano atrás. Por mais que os personagens mudem, a história é a mesma, com trilha sonora e lenço no final das contas. Pensar fica cada vez mais complicado e se torna cada vez mais descartável. Não me peça para voltar atrás e apagar tudo o que eu escutei você contar nas entrelinhas. Seu silêncio me disse tudo o que eu precisava ouvir, mas que eu não podia escutar. Uma coisa boa que toma conta de cada parte do meu corpo e me faz dançar conforme a música, mas quando eu abro os olhos eu vejo que sou a única a ocupar a pista. A gente se engana e se enganando acaba achando a verdade. Mas o que não percebemos é que tudo é muito mais relativo que um simples abraço ou um beijo no rosto.