Já tentei, sem êxito, explicar o que a escrita significa pra
mim. Mas qualquer tentativa seria superficial demais para expressar algo que me
toma de uma maneira inenarrável. Me arrisco apenas a dizer que as palavras são
uma extensão de mim. São a coragem que não tenho, o amor que não vivi, a determinação
que às vezes falha. É um espaço contido, onde guardo o mundo, onde aguardo por
mim. As palavras são meu segredo, são minha ousadia, minha cara lavada, sem máscaras.
É como a canção pro musico, a tela do pintor, o palco pra quem atua. Eu sou o
que escrevo, mesmo que mude de idéia na frase seguinte. Sou o oscilar das silabas,
o susto da exclamação, a inconstância de uma virgula. É no papel que descubro o
melhor e o pior de mim. O que tenho de mais verdadeiro, de mais puro. Então,
quando eu te disser algo, vá em frente: duvide. Mas nunca, jamais, questione o
que eu falar por meio de minhas palavras borradas em um papel.
terça-feira, 23 de abril de 2013
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