sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Você sabe qual é o título

Amor. Sublime amor. Não importa com o que o comparamos, ele sempre será o mais lindo.

Tem o de mãe para filho, de filho para mãe. O incompreendido, o não correspondido, o que nunca nem descoberto foi.

Tem o discreto, o indiscreto. O incontrolável, o imperceptível.

Tem aquele que nasce com o tempo e o que já arde à primeira vista.

Tem amor doido e normal até demais. O inconstante e o que parece ser ideal.

Mas a verdade é que todos são amores. O brilho dos olhos sempre denuncia a verdade que ele tem.

Grandes e, enfim, complicados amores.

Todos nos arrancam lágrimas, sejam elas por preocupação, decepção, sei lá!

Mas a verdade é que todos nos trazem sensação de plenitude, força e segurança. Risos incontroláveis, lágrimas que nem precisam mais ser anunciadas, elas chegam chegando.

E mesmo sabendo de todos os riscos, tudo o que mais queremos na vida é nos apaixonar. Nem que seja pelo sol que nasce brilhando toda manhã, pela lua que nos deixa com um ar meio bobo, ou pelo homem que escolhemos para viver ao nosso lado para o resto da vida.

Nos apaixonar de novo a cada dia e gritar que o amor é bom mesmo, mesmo que tenham loucos mentirosos que digam o contrario.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Palavras não são só palavras

Percebi agora, antes de dormir, que sou cada letra que preenche o papel. Sou às vezes virgula, por outras poucas me faço ponto. Sou parênteses, colchete, mas prefiro me fazer reticências. Paro e continuo quando quiser, quando der. Sou do A ao Z, da prosa à poesia. Quando feliz, me faço crônica. Com preguiça, sou uma frase, não completo um Parágrafo. Sou e vivo de palavras, poucas, exageradas ou só meias palavras. Podem ser ditas nas entrelinhas ou aquelas que vem bem explicadas. Porque sou quem decido ser, no capítulo que me couber. Me desenho desordenada, rabiscada, às vezes nem ao menos sou entendida. Quando apaixonada, me faço bela, bem pintada, colorida. Não importa o idioma, eu me comunico. Sei falar de amor, despedida, volta, amizade. Eu sou cada pingo de i. Sou a volta do g. Tenho os traços do T e a dificuldade do D. Eu chamo, peço silêncio e não preciso que me leiam alto. Se faço ou não sentido, não importa. Atinjo exatamente quem eu quero. Para os bom entendedores a metade de mim já basta. Sou ousada, calma ou prepotente. Depende de cada dia, porque sou mutável, sou mudança, sou um verbo que não vive de gerúndio. Eu sou cada gota que preenche o papel, sou a data, rodapé, cabeçalho. Eu sou tudo aquilo que cabe nesta folha em branco. Vou do nada ao tudo em segundos e me desmancho com um apertar de teclas, com o balançar da borracha. Sou quem eu quero e preciso ser. Sou o que escrevo ser!

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Eu?

Cansei! Meus sonhos são só sonhos, perdidos em um caminho que ninguém percorre. Minhas lágrimas são só um liquido salgado que insiste em correr em meu rosto, desrespeitando qualquer pacto que fiz comigo mesma. Minhas mãos são mãos sem carinhos. Meus olhos, apenas dois mundos sem rumo. Minha raiva é meu tempero, meu sorriso minha criptonita.

Mesmo sabendo que meus defeitos são só defeitos, e não minha condenação. Sou meu tudo, não tenho nada. Minha certeza já foi embora, assim que minha consciência chegou. Uma noite é só uma noite, mesmo que marque toda uma vida. Meus tropeços são minha escola e meu orgulho meu maior castigo.

Tenho medos que parecem sonhos e sonhos que não passam de sonhos. Porque meus sonhos são só sonhos e minha realidade já nem existe. Meus pensamentos são devaneios, que sem saberem onde ir, ficam soltos no espaço. Meu espaço é uma página em branco, que quando se desenha me mostra um mundo. Um mundo que me encontra, mesmo diante de tantas incertezas, mesmo com tantas confusões.

Uma pedra não é mais só uma pedra, é a parte de uma estrada. Uma estrada não é mais só uma rua, é minha certeza de escolha, meu livre arbítrio. Um caminho, um adeus e um destino. Não posso escolher o que quero, pois minha direção não depende de mim. Sou refém do meu olhar, que se encanta com mãos alheias. Eu amo o desamoroso, eu canto mentiras que meu coração inventa para não chorar. Eu sonho sonhos que são só sonhos, pois tenho medo do que não conheço, tenho medo de acordar.