O que eu faço com as palavras que eu calei?
Como recupero o tempo que perdi?
Como desisto do que nem ao menos consegui?
Aonde eu vou, se não sei onde quero ir?
A expressão congela dentro de mim.
Meu sorriso trava. Quando vejo, não ri.
Eu como uma pêra e vejo que queria maçã.
Escolho a laranja, mas eu nunca gostei do sabor.
Corro só para não ficar parada, enquanto falo só para tentar me enturmar.
Eu crio alguém que pensei não existir e percebo que eu me criei assim.
Especulo, mas não tenho coragem de fugir.
Eu me calo porque tenho medo de agir.
Me puxa? Eu só espero por você.
Me usa, e eu fingirei nem perceber.
Eu encaro o que for melhor pra você, porque já achei o que foi melhor para mim.
Me adéquo ao correr do rio.
Faço o que pede sem dar um só pio.
E enquanto todos me julgam a certinha sonhadora, já tenho nas mãos o que queria desde o início.
O que for melhor pra você acaba se tornando o melhor para mim.
Enquanto eu puder te ter poderei sorrir sem fingir.
Nem tudo que faço é pensando só no seu bem, há um pouco de egoísmo no fato de eu querer que você também goste de mim.
quarta-feira, 10 de junho de 2009
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