Eu sempre preferi me expressar em momentos de devaneios, talvez me fazendo acreditar que é exatamente nessas ocasiões que o meu eu permiti-se ser tocado, ou quem sabe, pelo menos, observado. E quiçá devido a isso eu me coloque em saia justa. Falando o que teria de ficar guardado, expondo o que nunca deveria ser desvendado. Não pelo fato de ser segredo, mas por tratar-se de algo que não foi, nem se quer, pensado. Como se eu me visse em um momento de embriaguez, seja ela qual for, onde tudo o que precisa sair desponta, sendo verdade analisada ou uma verdade passageira, algo que se mostrava real naquele momento e que depois de um certo tempo, quem sabe um dia ou dois anos, causa-me um profundo arrependimento. E como calar algo que já foi dito? Como tentar mentir sobre algo que já se foi confessado? Não sei, não saberia explicar nem mesmo aquilo que já expliquei uma vez. Porque me faço de momentos, me entrego à impulsos, que às vezes me fazem bem, mas que outras me tiram o sono por não saber como remediá-los. Por vezes eu disse coisas que não sabia existir dentro de mim. Descobri coisas tarde demais, já tentei voltar atrás, mas o caminho se fechou. Já trai minhas palavras com um simples olhar. Já nem me lembro quantas vezes deixei transparecer sentimentos que eu tentava esconder a sete chaves. Hoje, quem sabe, as coisas tenham mudado, não sei se pra pior. Hoje, eu me propago de uma maneira mais verbal. Não solto gritos por aí, apenas me encolho em um canto qualquer e deixo que as palavras cubram uma folha vazia. Não aconselharia ninguém a acreditar no que eu escrevo, pelo menos não em minhas crônicas umbiguísticas, pois sustento-me de algo mutável, algo que se renova, algo que permite-se abandonar uma idéia e logo alcançar algo mais condizente com sua atual realidade. Minhas palavras alimentam-se de pedaços meus, particularidades que permito serem públicas na esperança de que alguém me ajude a entender alguma complexidades que ainda não consegui entender. Escrevo por querer gritar, mas sei que minha voz não iria tão longe. Eu escrevo quando queria falar pra alguém em particular, mas permito-me arriscar que daqui também serei capaz de atingi-lo. Por fim faço um lembrete, só não acreditem nas palavras que aqui escrevo, assim descompromissadamente, pois se não fosse assim que espécie de jornalista seria eu?
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Adoooooooorei o novo layout do blog :)
ResponderExcluirToca aê jornaleera \ô
aijsaijsiajsi
Beijo e bons textos :)