sábado, 30 de agosto de 2008

Já tentei achar explicações pra tudo o que me deixa inquieta. O que me tira a paciência de olhar pro nada. Aquilo que me ocorre de repente e faz meu coração bater apertado. São coisas que me deixam estranha, com medo, assustada. Bagunças que ocupam minha cabeça e me tiram horas de sono. Bobagens que me fazem ficar pensativa, que me cobram uma atenção. E por às vezes não achá-la, por muitas vezes eu não conseguir entender, eu apenas choro. Eu deixo a lágrima descer, agora ela parece limpar minha face, lavar minhas angustias. E quando para, quando os soluços somem por completo, eu volto a me sentir em paz. Talvez eu tenha mesmo essa certa necessidade de chorar, com ou sem motivo, apenas chorar. Sentar e perceber que está tudo bem e deixar a felicidade se manifestar com um choro compulsivo, por pura alegria. Ou me desesperar por está tudo caminhando pro lado errado. Perceber que gritar não está adiantando nada. Choro pelo simples fato de existir, e perceber as cobranças que isso me impõe. São exigências que eu não consigo cumprir, são regras que eu nunca gostei de seguir. Eu não consigo prestar atenção só na minha vida, enquanto percebo que existem tantas pessoas ligadas a ela. Todas elas influenciam de alguma maneira no sentido pelo qual meu barco segue. São opiniões, são comparações. Comparações que eu mesma, infelizmente, faço. Eu aprendi a me conter, ou pelo menos, reter esses detalhes. Não pretendo mostrar minhas fraquezas, mas quando entro em contato com o outro já não percebo outra saída. Quando eu paro pra prestar atenção no que disse, verbalmente ou não, já é tarde demais. Eu me vejo entregue a situações embaraçosas, a pessoas que nem sempre souberam lidar direito com o fato de eu estar totalmente instável, esperando para que alguém me coloque de volta no eixo, ou o tire totalmente de mim. Eu torço para que as coisas tomem uma posição, para que eu possa me sacudir e perceber que não tenho mais tempo a perder com medos, com limitações que nunca fizeram sentido. Eu apenas sento e espero que alguém me mostre a realidade, seja ela inventada ou não. Eu quero compartilhar isso com alguém, sair do meu mundinho fechado, onde só aceito o que parece ser seguro. Onde eu tento me esconder do perigo, onde percebo que me enganei em meus julgamentos. Eu queria poder ter mesmo o controle da perfeição. Mas isso já se mostrou impossível. Agora o que faço é ficar aqui, imaginando como tudo seria se um dia eu parasse de me assustar com coisas que nem aconteceram. Eu tento idealizar o dia em que eu perceberei que o sofrimento faz parte do crescimento e seguirei consciente, sem mais deixar que a maré me leve. Eu pretendo quebrar barreiras, nadar contra a correnteza. Eu queria que eu deixasse de sonhar.

Um comentário:

  1. Nãoo, não pode parar de sonhar nunca!!!
    Sonhar mantém nossa esperança..
    e assim agente sempre quer evoluir.
    Eu vivo sinhando com mil coisas e eu gosto disso :)
    só é ruim quando não se realiza.. =/

    Mais alguns se realizam e é MUITO bom.
    Não deixe de sonhar ;}
    Beijos

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