Indecisão. Talvez seja essa minha palavra de hoje. E tudo que eu preciso – mas não necessariamente quero – é de um sinal. Algo que me mova para frente, ou para trás, tanto faz! Algo que me tire desse estado de inércia em que eu mesma me acomodei. A verdade é que já sou grandinha, tenho escolhas a fazer. Mas ainda não sei como abdicar daquilo que, durante anos, amei, cultivei, cativei e, em certos momentos, fiz das tripas coração para não perder. Como escolher entre o aqui e o acolá, o quente e o frio, a chuva e a seca, o mar e um simples e poluído lago. A opção mais certa parece óbvia. Mas cada lugar, cada pessoa, cada pingo de chuva ou cada folha seca me compõem de alguma forma bem especial.
Mas também não venha me dizer que o arriscar não é legal, às vezes é necessário, concordo. Então, nem penso em desistir do adiante, mas tenho medo do estranho, tenho pavor de sofrer e não conseguir voltar a fita. Afinal, está tudo tão certinho. Meu pavor é que eu de alguma forma deixe de fazer parte de um mundo e viva só no outro. Entende? Nem eu. É por isso que escrevo. As palavras me acompanham em qualquer lugar, a qualquer hora, com qualquer clima. Mas e você, vai estar ai quando eu precisar?