Eu preciso que me diga exatamente o que quer. Sem rodeios, me fale de onde quer começar. Ainda não aprendi a ler as pessoas com a mesma facilidade que aprendi a me deixar ser lida. Tenho mais defeitos do que imagina, mas nunca fui omissa ao ponto de te deixar acreditar em sentimentos incertos. O meu sim nunca foi talvez e meu não sempre teve ar de negação. Eu pedi escolhas e você só me dava mais opções. Enquanto eu procurava segurança, você sempre se esquivava. Tive medo, mas minha coragem ultrapassou seus limites. Eu iria onde disse que iria. Namorada? Nunca fui. Na verdade nunca soube que nomenclatura usar. Eu, para falar a verdade, sempre achei que fosse mais um passatempo. Aí, boba como sempre, acreditei que a situação mudaria. E fui naquela de cobrar conseqüências diferentes de um fato que nunca mudou. Calei palavras que precisavam ser ditas por puro medo de falar demais. Enquanto isso, meus ouvidos escutavam a mesma ladainha que eu própria havia ensaiado em frente ao espelho. Fui o que fui e disse quase tudo o que eu queria dizer! Sem contar com esses impasses, esse medo de palavras fortes, eu deixei claro de onde vinha e para onde eu queria ir. Sei que mereço mais do que me deu. Muito mais. Minha paciência durou tempo suficiente para me transformar em uma completa idiota. Não tenho medidas avantajadas, mas tenho cérebro. Um cérebro que obriguei a pensar, mesmo que ele não quisesse. Um cérebro que me levou onde eu já deveria estar a muito mais tempo. Eu agora estou livre daquilo que me prendia a uma liberdade que de mim nunca foi tirada e que eu daria tudo para não ter. Engraçado? Sim. E estranho, no mínimo. Mas essa história não foi de tudo ruim. Sozinha, eu soube aproveitar bons momentos. Você foi um bom ator!
quarta-feira, 30 de junho de 2010
quinta-feira, 17 de junho de 2010
Você...
Já sonhou em viajar o mundo, sem se preocupar com nada? Eu penso nisso todos os dias. Antes de dormir, me imagino em lugares jamais vistos, conversando sobre coisas que nunca foram pauta para ninguém. Sem cobranças, a felicidade vem mais rápido, o sorriso fica mais natural e eles demoram a ir embora. Cansei disso tudo regrado, palavras contadas e atitudes mais que limitadas. Prefiro falar o que penso e depois me virar com as consequencias. Não quero que me obrigue a ficar onde não pareço bem vinda. Odeio mentiras e meias verdades e acredito que o sentimento verdadeiro é aquele que vem sem percebermos. Nunca tive dom para me afogar naquilo que não me empolga. Por isso, muitas vezes me perco sozinha, sem ter a quem recorrer. Não quero que me peçam calma, porque a vida não tem calma comigo. O tempo me consome, como consome a todos, mas percebi isso com uma certa rapidez. É preciso cavar a maturidade para perceber que a vida é isso aqui mesmo. Ela está bem aqui e é Cada noite não dormida, cada ónibus cheio e relógio apressado. E o único momento que tenho para fugir dessa realidade imutável é o sonho que me toma do nada, enquanto observo estrelas que nunca poderei tocar. Do meu cantinho privilegiado, consigo imaginar cavalos brancos, com príncipes encantados que riem quando me olham, como se eu fosse única. Aqui eu consigo ver olhares mais calmos, menos pressa e mais tempo de apreciar a lua. As pessoas conversam sobre qualquer coisa e se ajudam ao invés de procurar culpados. É aqui que eu sonho com a profissão perfeita e com a Mariana ideal, menos medrosa, com mais atitude e otimismo. Eu tenho esperança e calma. Tenho certeza e força para superar escolhas erradas. Aqui eu tenho com quem contra e posso escolher onde dormir em paz. Não devo esperar de ninguém, pois aqui cada um faz exatamente o que deveria fazer. Neste lugar, vejo pessoas que falam a verdade e se comprometem sem medo de errar, porque tem tempo de perceber que o erro nada mais é que um aprendizado. Basta voltarmos atrás. É possível. Eu só queria que meu tempo gasto aqui, de onde enxergo as estrelas e namoro a lua, não fosse em vão. Queria levar daqui cada conceito, cada encanto e cada aprendizado.
Assinar:
Postagens (Atom)